Peça de ficção

Governo mente e aprofunda destruição da economia

Com proposta de orçamento, governo acentua a política de desmonte que só agrava o quadro econômico e piora ainda mais o quadro fiscal, num círculo vicioso. diz Lindbergh
Governo mente e aprofunda destruição da economia

Foto: Alessandro Dantas

“O governo entregou uma proposta de orçamento com números assustadores. Esse desgoverno não consegue nem dizer a verdade para a população”. Assim reagiu o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), com duras críticas a proposta orçamentária apresentada pela equipe econômica de Michel Temer para o ano de 2018.

No documento enviado ao Congresso Nacional, despesas como educação, cultura, ciência e tecnologia e segurança tiveram mais um corte de aproximadamente R$ 40 bilhões. Já o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), importante indutor da retomada econômica foi basicamente zerado. Os números são “uma peça de ficção” por conta da meta fiscal que poderá ser alterada na próxima semana pela base governista no Congresso.

“Ainda que a nova meta seja aprovada, não há qualquer garantia que esse espaço fiscal será utilizado para recompor o orçamento das áreas prioritárias. Ao contrário, caberá ao próximo relator fazer os ajustes e, em tempos de novas denúncias, o mais provável é que esse espaço seja utilizado de forma não republicana”, alertou o senador.

Apesar do grande corte sobre o Orçamento do PAC, que teria redução de R$ 17,717 bilhões no próximo ano na comparação com o observado no 3º trimestre deste ano, o Ministério do Planejamento prevê aumento do valor destinado aos parlamentares.

Para as emendas impositivas individuais – aquelas apresentadas pelos deputados, o valor destinado seria elevado em R$ 2,663 bilhões, para R$ 8,774 bilhões. Já as emendas de bancada, o valor aumenta em R$ 1,314 bilhão, para R$ 4,387 bilhões.

“Além disso, esse desgoverno não tem feito qualquer medida para efetivamente recuperar a economia, ao contrário, acentua a política de desmonte que só agrava o quadro econômico e piora ainda mais o quadro fiscal, num círculo vicioso”, enfatizou Lindbergh.

To top