Humberto apresenta avanços do Mais Médicos ao ParlAméricas

Humberto apresenta avanços do Mais Médicos ao ParlAméricas

Em palestra na Assembleia do Parlamericas, Humberto diz que programa é um dos mais bem-sucedidos caminhos para a inclusão social no BrasilRepresentei o Brasil, recentemente, na 12ª Assembleia Plenária do Parlamento das Américas (ParlAméricas), ocorrida na Cidade do Panamá. A congressistas dos 35 países do continente, tive o prazer de fazer uma exposição sobre um dos maiores programas de inclusão social da nossa história: o Mais Médicos.

Com dois anos de existência recém-completados, o programa – que enfrentou sérias resistências de alguns setores no seu início e saiu vitorioso pela aprovação da maioria expressiva dos brasileiros – é um dos mais bem avaliados do Governo Federal pelos resultados significativos que apresenta.

Segundo pesquisa realizada pela UFMG/Ipespe, 85% dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) avaliam que a qualidade do atendimento médico está melhor após a chegada dos profissionais do programa. Os dados também mostram que para 87% a atenção do profissional durante a consulta melhorou, e 82% afirmam que as consultas passaram a resolver melhor os seus problemas de saúde. O levantamento entrevistou 14 mil pessoas entre novembro e dezembro de 2014, em 699 municípios.

O programa foi criado para enfrentar o problema histórico da falta de médicos no Brasil. Em 2013, no ano em que foi lançado, nosso país possuía uma média de 1,8 médico por mil habitantes, número bastante inferior ao de países desenvolvidos, como Reino Unido (2,7) e França (3,5), e até mesmo de vizinhos, como Uruguai (3,7) e Argentina (3,2).

Hoje, no entanto, o Mais Médicos já garante assistência básica à saúde de mais de 63 milhões de brasileiros. São 18.240 médicos em 4.058 municípios (72,8% dos nossos municípios) e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Os números representam uma revolução social em muitas cidades brasileiras, especialmente nas mais de 700 delas que, dois anos atrás, antes do programa, não contavam com a presença de qualquer médico.

O Mais Médicos também conquistou os profissionais de saúde brasileiros. Segundo a pesquisa UFMG/Ipespe, mais de 90% dos profissionais com CRM Brasil responderam que indicariam a participação para outros médicos. O contentamento com a supervisão também foi alto. Os profissionais deram, em média, nota 9,3 para seu relacionamento com o supervisor. O interesse desses profissionais cresceu tanto que se refletiu de forma muito viva nas seleções para o programa este ano: todos os médicos recrutados em 2015 são brasileiros.

A meta do Ministério da Saúde é atingir, em 2026, o índice de 2,7 médicos por mil habitantes, o mesmo número do Reino Unido, que, depois do Brasil, tem o maior sistema de saúde público de caráter universal do mundo. O Governo Federal investe, ainda, em dois outros eixos, além do recrutamento emergencial, para a consolidação do Mais Médicos: educação, por meio do qual quer criar, até 2017, 11,5 mil novas vagas de graduação em Medicina e 12,4 mil de residência médica até 2018, e infraestrutura, em que mais de R$ 5 bilhões estão sendo investidos na reforma, ampliação e construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS).

A luta para garantir um SUS de qualidade ainda precisa avançar bastante. Mas o Mais Médicos mostra que estamos no caminho certo e que atender às necessidades básicas de saúde dos brasileiros, com investimentos sólidos em educação e infraestrutura, vai nos aproximar, cada vez mais, do padrão de qualidade a que aspiramos. E essa é uma bandeira que deve ser erguida por todos os brasileiros.

Artigo originalmente publicado no Diário de Pernambuco

 

Leia mais:

Cenário de crise é o mesmo para países do continente americano, diz Humberto

Passados dois anos, Mais Médicos mostra que resultados venceram preconceito

 

 

To top