Parlasul

Humberto defende isenção do IR e fim da escala 6×1 para reduzir desigualdade

Na 100ª sessão do Parlasul, na segunda (5/5), em Montevidéu, presidente do PT destacou que a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil e a redução da jornada sem perda de salário podem servir de exemplo à região

Roberto Stuckert Filho

Humberto defende isenção do IR e fim da escala 6×1 para reduzir desigualdade

"Esses dois registros são uma demonstração de que o governo do presidente Lula continua firmemente comprometido com a proposta de fazer o Brasil um país mais justo", afirmou Humberto

Sob o comando do deputado federal e presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP), e a presença do senador e presidente do PT, Humberto Costa (PE), entre outros integrantes brasileiros, o Parlamento do Mercosul (Parlasul) realizou sua 100ª sessão ordinária em Montevidéu, nesta segunda-feira (5/5). Marco importante para o foro regional, o evento reuniu representantes dos países-membros para debater temas centrais da integração sul-americana, incluindo a implementação e os desafios do acordo Mercosul-União Europeia.

Em sua intervenção, Humberto Costa detalhou os esforços do governo Lula para aprovar, no Congresso Nacional, duas pautas fundamentais ao povo brasileiro: a isenção do pagamento de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e a o fim da escala 6×1 de trabalho. O senador frisou que as duas propostas terão impacto profundo na redução das desigualdades sociais no Brasil.

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Sobre a isenção do IR, o presidente do PT explicou que o governo “propôs uma compensação junto àqueles que ganham mais de Us$ 106 mil por ano, o que representa menos de 1% da população. Essas pessoas passarão a pagar o imposto que vai cobrir esse benefício”.

“É importante se fazer o registro aqui porque é o início do processo de enfrentamento, no Brasil, do problema da desigualdade na contribuição tributária em temos de impostos”, disse Costa.

Humberto Costa lembrou que o presidente Lula também se manifestou em favor do fim da escala 6×1, iniciativa defendida pelo PT no Congresso desde 2019. “Esses dois registros são uma demonstração de que o governo do presidente Lula continua firmemente comprometido com a proposta de fazer o Brasil um país mais justo, melhor, principalmente para quem mais precisa”, destacou.

Em suas redes sociais, Humberto Cota afirmou ainda que espera que o exemplo brasileiro “inspire e chegue aos demais países da região”.

Acordo Mercosul – União Europeia

Após a sessão, o presidente Arlindo Chinaglia informou que o Parlasul contou com a participação da embaixadora Valeria Csukasi, do Uruguai, que detalhou os principais pontos da proposta que levaram ao fechamento do acordo, em dezembro de 2024. Chinaglia pontou que a embaixadora liderou o pré-acordo “e reforçou a importância de atuarmos juntos em pautas que ultrapassam o âmbito técnico e exigem engajamento político nos países envolvidos”.

“Acredito no potencial desse tratado para gerar valor, industrializar a produção e abrir novos mercados — com atenção especial à pauta ambiental, central nesse debate, que exige cooperação, e não isolamento”, destacou o deputado, por suas redes sociais. “Estou comprometido em acompanhar cada etapa da negociação, defendendo sempre os interesses do nosso povo”.

De acordo com o site do Parlasul, a embaixadora destacou que o acordo passará agora por uma etapa eminentemente política, com a atuação dos parlamentos nacionais do Mercosul contribuindo para a ratificação do documento.

Ela também sugeriu a formalização de um canal de diálogo institucional para coordenar a comunicação, unificar o discurso e e garantir que interesses regionais sejam preservados.

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