Humberto e Paim querem “julgamento com base nos autos, não nas manchetes”

“O caso desperta paixões na opinião pública, mas é importante não sucumbir às pressões políticas ou da imprensa”, diz Humberto.

Humberto e Paim querem “julgamento com base nos autos, não nas manchetes”

Para que a justiça seja feita na Ação Penal 470, que trata do suposto “mensalão”, é fundamental que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue “com base nos autos e não nas manchetes”. É o que defende o senador Paulo Paim (PT-RS). “O caso desperta paixões na opinião pública, mas é importante não sucumbir às pressões políticas ou da imprensa”, pondera seu colega de bancada, Humberto Costa (PE).

Humberto está convencido de que um julgamento com base nos autos deverá levar à absolvição da maioria dos réus, já que “não há provas consistentes” que sustentem as denúncias divulgadas pela imprensa. “O julgamento político já foi feito. Afora, o que se quer é a verdade”.

O senador Paim lembra que o julgamento político — muitas vezes influenciado pelo clamor da opinião pública e pelas manchetes da imprensa — não é confirmado na Justiça. Ele cita o caso do ex-deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), cassado após ter seu nome envolvido no escândalo dos “anões do orçamento” e posteriormente absolvido. “Falo desse caso com tranqüilidade, porque votei contra a cassação de Ibsen”. Ele também lembra o caso do ex-ministro da Saúde Alceni Guerra, “execrado pela imprensa e, posteriormente, inocentado de todas as acusações.

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O suposto “mensalão” foi denunciado em 2005. Segundo os envolvidos no episódio, o que de fato existiu foi a prática de financiamento irregular de campanha para cumprimento de acordo eleitoral, conduta irregular prontamente assumida por Delúbio Soares e o PT. O governo nunca interveio e nem tinha conhecimento desse acordo financeiro-eleitoral.

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