Previdência Social

Humberto: reforma da Previdência não pode ser feita sem debates

“Não vejo possibilidade de o governo ter vida fácil para aprovar essa reforma no Congresso”, avalia Humberto Costa
Humberto: reforma da Previdência não pode ser feita sem debates

Foto: Alessandro Dantas

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que a proposta de reforma da Previdência que será apresentada pelo governo Bolsonaro será mais dura com o trabalhador do que a peça apresentada por Michel Temer. A expectativa é de que a proposta chegue ao Congresso Nacional na próxima semana.

O secretário de Previdência e Trabalho do ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou na última quinta-feira (14) que a nova proposta de reforma vai prever idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres ao final de um período de transição de 12 anos.

“É uma decisão fechada tomada por poucas pessoas sem o devido debate junto à sociedade. Uma proposta ainda mais dura do que a apresentada por Michel Temer que previa 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, mas previa um período de transição maior, de 20 anos”, criticou o senador.

Na avaliação do líder do PT no Senado, sem o devido debate com a sociedade, dificilmente Bolsonaro conseguirá aprovar a proposta no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, por se tratar de uma Proposta de Emenda Constitucional, para ser aprovada e enviada ao Senado, a medida precisa ter 308 votos favoráveis (2/3 da composição da Câmara).

“Qualquer proposta que venha com esse teor vai precisar passar por um amplo debate. A atual legislatura vem com muitas pessoas que se elegeram com apoios recebidos em redes sociais e que serão extremamente permeáveis a pressão da sociedade fará. Não vejo possibilidade de o governo ter vida fácil para aprovar essa reforma no Congresso”, avaliou Humberto.

Para o senador, o governo deveria iniciar as discussões para alteração das regras da Previdência e a busca do equilíbrio dos cofres do sistema discutindo, além da redução de benefícios concedidos, medidas para a ampliação da arrecadação por meio do combate à sonegação, melhorando o processo de crescimento econômico com estímulos governamentais.

“Há apenas uma preocupação pela parte do governo. Se essa reforma for feita ela precisa começar pelo incremento da arrecadação e eliminação de privilégios. Mas o que se observa é que o governo quer fazer o povo trabalhador pobre pagar pela reforma que pretende realizar”, criticou.

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