IBGE: desemprego cai em 7 capitais com ajuda do comércio e serviços

O nível de ocupação aumentou 6,3% no comércio, com 198 mil postos de trabalho criados e, no setor de serviços, o aumento foi 1,8%, com 195 mil novas vagas.

Os setores do comércio e serviços foram os principais responsáveis por segurar a taxa de desemprego em abril nas sete regiões metropolitanas analisadas na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). Segundo os dados, na comparação com abril do ano passado, o nível de ocupação aumentou 6,3% no comércio, com 198 mil postos de trabalho criados e, no setor de serviços, o aumento foi 1,8%, com 195 mil novas vagas.

Nova classe média tem renda entre R$ 291 e R$ 1.019 familiar per capita

Segundo a pesquisa mensal, divulgada na quarta-feira (30/05) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), o setor da construção civil criou 86 mil empregos, um aumento de 6,8%, mas caiu 1,2% na indústria, eliminando 37 mil postos de trabalho.

Entre abril de 2011 e abril de 2012, o nível de ocupação em todo o mercado cresceu 2,6%, com a criação de 513 mil empregos. Com isso, a taxa de desemprego passou de 11,1% para 10,8%. Na comparação entre os meses de abril, houve elevação do nível de ocupação em Recife (6%), Salvador (4,8%), Belo Horizonte (3,2%), Fortaleza (2,8%), Distrito Federal (2,7%), São Paulo (1,8%) e Porto Alegre (1,7%).

Com relação a março deste ano, o nível de desemprego ficou estável em abril, com 2.428 mil desempregados nas sete regiões. O total de ocupados foi estimado em 19.959 mil pessoas e a População Economicamente Ativa (PEA), em 22.387 mil. Por setor, o nível ocupacional diminuiu nos serviços, com menos 70 mil postos de trabalho (-0,6%); indústria, menos 7 mil (-0,2%); comércio, mais 3 mil empregos (0,1%); outros setores, mais 54 mil (3,6%); e construção civil, com mais 11 mil (0,8%).

De acordo com a técnica do Dieese, Ana Maria Belavenuto, o resultado de abril pode estar ligado à crise econômica internacional, da qual a Europa ainda não se recuperou. “Olhando o contexto, poderia ter sido pior, mas, de qualquer forma, o mercado de trabalho sentiu os efeitos, porque já era um período em que deveria mostrar uma queda maior da taxa de desemprego”.

Ela destacou que a indústria teve desempenho ruim na maioria das regiões. “O que vem segurando o mercado de trabalho é o setor de serviços e comércio talvez porque a renda, apesar de não ser ainda muito alta, vem permitindo que as famílias consumam mais produtos internamente”.

Ana Maria destacou que é difícil fazer previsões para o restante do ano, pois o desempenho do emprego depende de diversos fatores não só internos, como também os externos. “As principais economias ainda estão em ritmo lento de crescimento. Isso reflete na economia brasileira, que está integrada nesse comércio internacional.”

Na avaliação da técnica do Dieese, as últimas medidas tomadas pelo governo ainda não refletiram em abril e ainda não é possível prever quais seus impactos no mercado de trabalho. “São medidas de curto prazo para amenizar efeitos”.

Agência Brasil

To top