Inflação de abril do IPCA dá sinais de queda e fecha o mês em 0,71%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação aos consumidores com rendimento de um a quarenta salários mínimos, fechou abril com variação de 0,71%. A queda foi de 0,6 ponto percentual sobre a taxa de 1,32% verificada em março. Essa redução refletiu as medidas na área de política monetária, entre elas o aumento da taxa de juros Selic que conseguiu diminuir a pressão exercida sobre preços. Com esse resultado, o IPCA acumula taxa de 4,56% nos quatro primeiros meses de 2015 e, em doze meses, de 8,17%. A tendência da inflação é de queda e, mantendo esse ritmo, a expectativa é que as taxas de juros sejam reduzidas.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta sexta-feira (8) o resultado, o IPCA apontou que os preços subiram menos em abril do que em março, após assimilar o impacto dos reajustes das tarifas de energia. Em várias regiões do País as distribuidoras de energia promoveram reajustes anuais – em algumas localidades a alta foi de 83,33%. No Rio de Janeiro a empresa local aumentou a tarifa em 34,91%; em Salvador, 10,34%; em Belo Horizonte, 6,56%; em Fortaleza 8,58% e em Recife, 11,13%.

Segundo o IBGE, o consumidor está pagando neste ano 38,12% a mais pelo uso de energia, em média. Cabe ressaltar que os consumidores são obrigados a pagar um percentual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS). Na prática, alguns estados aplicam uma alíquota superior a 25% sobre o valor da tarifa de energia utilizada, aumentando, assim, o gasto das famílias.

Em Curitiba, por exemplo, cuja administração do governador tucano vai de mal a pior, a tarifa de energia subiu de janeiro a abril deste ano 49,81% e esse percentual explode para 85,51% quando observado o período de doze meses. Outro estado administrado por governador tucano, São Paulo, o aumento da tarifa neste ano foi de 47,93% e em doze meses a variação foi de 72,03%. Tanto no Paraná quanto em São Paulo, o discurso do aumento da energia é subvertido pela oposição, que culpa o Governo Federal. Mas a verdade é que milhares de paranaenses e paulistas estão pagando mais impostos do que o custo efetivo da energia elétrica, justamente pelas elevadas alíquotas de ICMS. Basta olhar o extrato da conta de luz para notar que o gasto do consumo efetivo de energia é quase idêntico ao que se paga pela alíquota do ICMS.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,71% em abril e esse resultado também ficou abaixo do apurado em março, 1,51%. Com esse resultado, o acumulado do INPC neste ano está em 4,95% e, em doze meses, em 8,34%. O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 e se refere à medição da inflação entre as famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos. Já o IPCA, calculado desde 1980, se refere à inflação entre as famílias com rendimento de um a quarenta salários mínimos. Os dois índices são pesquisados com base nos preços dos alimentos, habitação, transportes em dez regiões metropolitanas, incluindo os municípios de Goiânia (GO), Campo Grande (MS) e Brasília (DF).

Marcello Antunes com informações do IBGE

 

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