Inflação fica em 0,35% em setembro. Há um ano, era de 0,57%

Ministro Mantega reafirma que Governo continua em alerta para manter a inflação sob controle. No acumulado de 12 meses, a taxa ficou abaixo de 6%.

Inflação fica em 0,35% em setembro. Há um ano, era de 0,57%

Mantega diz que resultado não fará governo
‘descuidar’ da alta de preços
(Crédito: Agência Brasil)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (09), o resultado da variação de preços medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que ficou em 0,35%. Essa taxa ficou acima da verificada em agosto (0,24%), mas foi menor do que o percentual de 0,57% de setembro do ano passado, um sinal que indica que a inflação está controlada, disse hoje cedo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao garantir que o Governo continua firme e vigilante para evitar a alta dos preços.  De janeiro a setembro, a inflação acumulada ficou em 3,79%, praticamente estável em relação a igual período de 2012. No acumulado em doze meses, o IPCA ficou em 5,86%, abaixo do teto da meta de inflação que é de 6,5%.

Os grupos vestuário, transportes e habitação apresentaram alta entre agosto e setembro, com destaque para o aumento no preço das passagens aéreas (16,09%). As tarifas dos ônibus urbanos ficaram estáveis. “Devido à sazonalidade dos preços, a inflação deverá subir um pouco, mas vamos ficar dentro da normalidade. O governo tem de continuar alerta para impedir que a inflação volte a subir e atrapalhe o consumidor brasileiro”, disse Mantega. O ministro da Fazenda observou que a sazonalidade dos preços pode provocar uma ligeira alta nos preços na reta final deste ano devido a entressafras e o regime de chuvas.

Alimentos

De acordo com o IBGE, alguns itens do grupo alimentação tiveram alta. O preço do pão Frances subiu 3,37 em setembro e acumula alta de 14,79% em doze meses. A farinha de trigo, matéria-prima do pão francês, teve uma alta bem maior. Em setembro subiu 2,61%. Em agosto, teve alta de 2,68% e em doze meses, 29,96%. Em contrapartida, outros itens alimentícios tiveram queda expressiva. O preço do feijão carioca ficou 13,95% mais barato; o feijão mulatinho caiu 15,14%; a cenoura caiu 13,41% e o tomate, 8,54%.

Aliás, o tomate que foi o vilão da inflação no começo do ano devolveu nesse período toda a alta de preço. Em setembro caiu 8,54%. Em agosto, a queda foi de 12,89% e, em doze meses, caiu 39,21%. É bom lembrar que o tomate foi o item explorado pela imprensa na tentativa de mostrar que havia no País um descontrole inflacionário. Os analistas econômicos fizeram previsões catastróficas a partir dessa fruta.

No caso do grupo Habitação, que passou de 0,57% em agosto para 0,62% em setembro, o impacto foi causado pelo aumento do preço do gás de cozinha, passando de 0,28% em agosto para 2,01% em setembro. O aluguel residencial subiu de 0,74% para 0,80%. Segundo o IBGE, itens que exercem peso expressivo no orçamento das famílias caíram, como foi o caso do valor dos condomínios, de 0,92% em agosto para 0,23% em setembro. Mão de obra para pequenos reparos caiu de 1,08% em agosto para 0,60% em setembro e energia elétrica caiu de 0,57% para 0,36%. O IPCA se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de renda.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que se refere às famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos, onde o chefe da família é assalariado, ficou em 0,27% em setembro, acima do percentual de 0,16% de agosto. Em doze meses, o índice ficou em 5,69%, portanto, abaixo dos 6,07% apurados em igual período do ano passado.

Com informações do IBGE e do Ministério da Fazenda

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