O desemprego no Brasil atinge mais de 12,8 milhões de pessoas, conforme divulgado pelo IBGE em 30 de abril. E o panorama do mercado de trabalho é ainda pior entre mulheres e negros, além das regiões Norte e Nordeste. Em algumas unidades da federação, a informalidade – que nacionalmente atinge 39,9% da mão de obra – supera os 60%. E mais de 3 milhões de pessoas procuram trabalho há pelo menos dois anos.
A taxa de desemprego no Brasil foi de 12,2% no trimestre encerrado em março, bem acima de dezembro (11%) e pouco abaixo de março do ano passado (12,7%). Mas, nos estados, varia de 5,7% (Santa Catarina) a 18,7% (Bahia). No mais populoso, São Paulo, a taxa foi igual à média nacional.
Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (15) pelo IBGE, o desemprego foi maior para mulheres do que para os homens, com índices de 14,5% e 10,4%, respectivamente. Para as pessoas que se declararam brancas, a taxa foi de 9,8%, abaixo da média – e situou-se acima para pretos e pardos (classificação usada pelo instituto): 15,2% e 14%.
A informalidade atinge 36,8 milhões de pessoas, quase 40% dos ocupados. Mas chega a 61,4% no Pará e a 61,2% no Maranhão. Os que trabalham por conta própria representam 26,2% do total de ocupados. Esse percentual subia para 39,9% no Amapá e para 35,2% no Pará, caindo a 19,3% no Distrito Federal e a 21,9% no estado de São Paulo.
Perto da metade dos desempregados (45,5%) estava procurando trabalho de um mês a menos de um ano. Outros 23,9%, há dois anos ou mais – são 3,1 milhões de pessoas nessa situação, um pouco menos (7,4%) do que há um ano. Ainda segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, 18% procuram há menos de um mês e 12,6%, de um ano a menos de dois anos.
São 4,8 milhões de desalentados no país – pessoas que, por motivos diversos, desistiram de procurar trabalho.