Fake News

Integrantes do “gabinete do ódio” de Sergipe são indiciados por fake news contra Rogério Carvalho

Três pessoas foram indiciadas por produzirem conteúdos falsos para prejudicar o senador Rogério Carvalho na disputa pelo governo de Sergipe nas eleições de 2022

Alessandro Dantas

Integrantes do “gabinete do ódio” de Sergipe são indiciados por fake news contra Rogério Carvalho

Senador foi vítima de ataque coordenado para prejudicá-lo na disputa eleitoral de 2022

A Polícia Federal indiciou três ex-assessores do ex-governador de Sergipe Belivaldo Chagas, e que participaram da campanha do então candidato Fábio Mitidieri, por fabricarem áudios falsos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com objetivo de prejudicar a campanha do senador Rogério Carvalho (PT) ao governo do estado nas eleições de 2022. 

O relatório final da investigação foi encaminhado à Justiça Eleitoral em 22 de julho.  Agora, cabe ao Ministério Público decidir se acolhe os argumentos da PF, pede novas diligências ou arquiva a investigação. 

“Esse é mais um exemplo de como a política suja e a desinformação foram usadas para tentar manipular o processo eleitoral. A verdade prevaleceu, e agora é hora de responsabilizar aqueles que tentaram nos prejudicar com mentiras e falsidades. Não vamos nos calar diante de atos criminosos contra a democracia. Que a justiça seja feita e a democracia respeitada”, disse o senador Rogério Carvalho. 

Os investigadores afirmam que Rodrigo Leão dos Santos, Givaldo Ricardo (à época superintendente de comunicação do governo estadual) e Carlos José Costa teriam montado uma organização criminosa – uma espécie de “gabinete do ódio” sergipano, a exemplo do que funcionou dentro do Palácio do Planalto durante o governo do Inelegível – com objetivo de “produzir documentos falsos e divulgá-los nas redes sociais para prejudicar o adversário” de Chagas. 

Carvalho disputou o governo de Sergipe contra o deputado federal Fábio Mitidieri, aliado do então governador. Os policiais interceptaram mensagens nas quais o trio discute como editar áudios com trechos de falas de Lula pedindo voto para o rival do senador Rogério. 

Os investigadores também encontraram uma pasta intitulada “Belivas/Lula Rogério Não” no computador de Leão durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, o que indicaria a materialidade do delito. 

“O processo de edição envolveu pós-produção, tipicamente utilizado com o objetivo de deixar as edições mais realistas e mais difíceis de serem percebidas, sendo utilizados quatro arquivos de áudio, dois deles para ambientação de ruído de fundo”, observou a Polícia Federal no relatório. 

O trio foi enquadrado em dois dispositivos do Código Eleitoral: divulgação de fatos inverídicos para influenciar o eleitorado (art. 323), com aumento de pena em um terço por conta da veiculação em meios de comunicação; e falsificação de documento (art. 349). Também há menção ao crime de associação criminosa. 

Com informações de agências de notícias 

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