Ao contrário do que se propaga na oposição, por meio da mídia, o ritmo de entrada de dinheiro vindo do exterior para investimento no Brasil continua elevado, comprovando que o País pela extensa pauta de projetos em infraestrutura atrai os investidores. Em doze meses, segundo o balanço divulgado, nesta quarta-feira (24), pelo Banco Central, o chamado Investimento Direto Estrangeiro (IED) totalizou US$ 63,6 bilhões terminados em março, o equivalente a 2,78% do PIB. Apenas no mês passado, os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 5,7 bilhões, sendo US$ 2,7 bilhões para participação no capital de empresas e US$ 3 bilhões em empréstimos entre empresas.
Em março, o balanço de pagamentos – conta que considera o volume de dólares que entrou e saiu do País – registrou superávit de US$ 3,3 bilhões. As transações correntes foram deficitárias em US$ 6,9 bilhões mas, em compensação, ingressaram no Brasil US$ 9,9 bilhões, dos quais os US$ 5,7 bilhões em investimento diretos e mais US$ 3,9 bilhões em carteira.
Os investimentos em carteira compreendem o dinheiro que vem do exterior para aplicação em ações de empresas brasileiras listadas na BMF/Bovespa (US$ 2,4 bilhões) e em títulos de renda fixa (US$ 1,5 bilhão).
Já os investimentos de empresas brasileiras no exterior registraram retornos líquidos de US$ 1,2 bilhão, compreendendo a redução de US$ 3,3 bilhões no saldo de depósitos mantidos por bancos brasileiros no exterior e a concessão de empréstimos e créditos comerciais de curto prazo ao exterior de US$ 1,6 bilhão.
Gasto no exterior
A melhoria da renda dos brasileiros tem contribuído para que um número maior de pessoas tenha a possibilidade de viajar para o exterior. Por conta disso, o gasto com viagens internacionais alcançou US$ 1,3 bilhão em março, montante 27,5% maior do que o registrado em março do ano passado. O gasto dos turistas brasileiros no exterior subiu 15% em doze meses.
Remessas
As empresas fizeram a remessa para o exterior de US$ 3,5 bilhões em março, valor acima dos US$ 2,4 bilhões verificados em março do ano passado. As remessas líquidas de lucros e dividendos somaram US$ 2,7 bilhões, 39% acima do valor feito em igual mês de 2012. Esse aumento pode ser justificado pela recuperação da economia brasileira neste primeiro trimestre, indicando, ainda, que o faturamento das empresas garantiu remeter lucros e dividendos aos acionistas estrangeiros.
Marcelo Antunes
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