Plenário

Julgamento de tentativa de golpe é marco da democracia, diz Teresa Leitão

Senadora reforçou que o processo judicial precisa ocorrer com base nas provas e dentro dos preceitos constitucionais

Alessandro Dantas

Julgamento de tentativa de golpe é marco da democracia, diz Teresa Leitão

Para a senadora Teresa Leitão, julgamento representa uma oportunidade de reafirmação do Estado democrático de direito

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) destacou, em pronunciamento na terça-feira (25/3), a importância histórica do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia sobre a suposta participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus aliados em uma tentativa de golpe de Estado. A senadora lembrou que o processo ocorre no ano em que o país completa 40 anos de redemocratização e classificou o episódio agora em julgamento como um dos momentos mais emblemáticos da história brasileira recente.

Teresa Leitão afirmou que os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 foram resultado de uma ação deliberada para anular o resultado das eleições e instaurar um regime de exceção. Segundo ela, há provas consistentes do envolvimento de uma organização criminosa com o objetivo de atentar contra os Poderes da República.

“O que vimos foi executado após meticuloso planejamento, que fazia parte de uma trama com objetivo muito maior e mais cruel: assassinar o presidente recém-eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, o seu vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, declarou.

Teresa Leitão ressaltou que o julgamento representa uma oportunidade de reafirmação do Estado democrático de direito e de responsabilização dos envolvidos. Para a senadora, não se trata de uma disputa partidária, mas de uma defesa institucional.

“Quem é inocente, quem tem compromisso com a civilização e as instituições democráticas não pede anistia, pede justiça”, disse.

A senadora reforçou ainda que o processo judicial precisa ocorrer com base nas provas e dentro dos preceitos constitucionais. Para Teresa Leitão, a Justiça deve atuar com firmeza para garantir que os limites do Estado democrático de direito não sejam ultrapassados.

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