Cinco anos depois, a Justiça Federal mandou arquivar, nessa quarta-feira (1°), inquérito que investigou contratos públicos sobre a Arena Fonte Nova, de Salvador. Com isso, inocentou Jaques Wagner (PT-BA), que na época da reforma do estádio era governador da Bahia.
A Operação “Cartão Vermelho” foi deflagrada após suspeitas de irregularidades na licitação para serviços de demolição, reconstrução e gestão do estádio, que foi uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Na época da ação, em 2018, o então governador do estado, Rui Costa (PT), atual ministro-chefe da Casa Civil, apontou a falta de consistência técnica e jurídica do inquérito.
Mas, em meio ao clima de caça às bruxas que persistia em 2018, com notória perseguição judicial a lideranças do PT, Jaques Wagner foi alvo de mandados de busca e apreensão, em casa e no escritório, e teve sua vida vasculhada pela PF.
Na época, sua defesa combateu os números apresentados pelos investigadores, que teriam apontado desvios inexistentes. “são valores feitos de modo aleatório, há uma fragilidade na elaboração dessas contas […] jamais houve essa situação”, afirmara, então, o advogado de Jaques Wagner, que agora vê seu argumento confirmado pelos acusadores.
“Por falta de materialidade, a Justiça enfim reconheceu a inexistência de crime. O próprio Ministério Público Federal constatou que a apuração não encontrou nenhuma prova e determinou o arquivamento do processo”, desabafou o senador, atual líder do governo na Casa.