Lindbergh Farias critica desmonte de bem-estar social no (des)governo Temer

Lindbergh Farias critica desmonte de bem-estar social no  (des)governo Temer

Lindbergh: todo mundo sabe que o Eduardo Cunha mandou, por muito tempo, no Michel TemerO senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da minoria no Senado, criticou duramente o governo provisório nessa quarta-feira (12). Lindbergh afirmou que o presidente provisório Michel Temer realiza um ajuste fiscal que sacrifica direitos sociais e trabalhistas e o desmonte da rede de bem-estar social do Estado brasileiro.

“Quem está pagando a conta do ajuste? São só os pobres. Cadê a contribuição dos mais ricos? Eles fizeram um pacto das elites. Esse governo tem dificuldade no meio do povo, mas faz tempo que a gente não vê uma unidade tão grande das elites em torno de um projeto”, destacou.

Na opinião de Lindbergh, a ordem no governo é rasgar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), “privatizar geral e entregar tudo”. Entre iniciativas consideradas nocivas para a população, o senador citou o projeto de lei que desobriga a Petrobras de participar da exploração do pré-sal (PLS 131/2015), de autoria do tucano José Serra, o projeto que expande as possibilidades de terceirização (PLC 30/2015), de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) e a PEC que limita os gastos públicos pelo crescimento da inflação (PEC 241/2016), de autoria do governo provisório.

Para Lindbergh, a pauta do governo Temer representa a “restauração do neoliberalismo” e jamais seria aprovada pelas urnas. O senador disse entender que o processo golpista contra a presidente afastada Dilma Rousseff teve a intenção de contornar a “via democrática” para implementar essas iniciativas.

“Chamo a atenção do povo brasileiro no aspecto da soberania nacional”, disse.

O senador também criticou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, pela participação nas articulações pelo impeachment. Segundo o líder da oposição, Cunha “manda em Temer” e somente renunciou ao cargo porque garantiu com o governo interino um “acordão” para manter o mandato.

“Todo mundo sabe que o Eduardo Cunha mandou, por muito tempo, no Michel Temer. Eu sempre tenho dito: eles estão na mão do Eduardo Cunha, porque, se Eduardo cunha for preso, acaba o Governo Temer. Temer não segura por uma hora uma delação do Eduardo Cunha – que está preocupado, pois há perigo de prisão dele, da mulher dele, da filha dele”, alertou.

Com informações da Agência Senado

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