O governo Lula retomou, nesta sexta-feira (4/8), em Parintins (AM), o Luz para Todos, que leva energia elétrica à população rural, em especial no Norte do país e em regiões remotas da Amazônia Legal. Lançado originalmente em 2003, o programa visa à erradicação da pobreza energética e ao desenvolvimento social e econômico. Nesta nova fase, 500 mil famílias serão beneficiadas até 2026, com investimento de R$ 5 bilhões. No evento, Lula destacou que, a partir do início do ano, já foram retomadas 40 políticas públicas de inclusão, que haviam sido abandonadas.
Desde que foi lançado, o Luz para Todos atendeu a 3,6 milhões de famílias. Nesta nova etapa, o desafio é construir políticas de universalização do acesso e uso da energia elétrica ainda mais justas e inclusivas. Durante o evento, Lula afirmou que a retomada do programa faz parte do esforço do governo para reverter uma série de retrocessos enfrentados pelo país desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
“Lamentavelmente, depois que deram o golpe na presidenta Dilma Rousseff, porque inventaram uma mentira para tirar ela da presidência da República, esse país desandou, esse país andou para trás até eleger um genocida responsável por quase 700 mil mortes nesse país”, disse o presidente, em referência à condução irresponsável da pandemia da covid-19 pelo negacionista Jair Bolsonaro.
“Nós tivemos um trabalho imenso nesses últimos seis meses para reconstruir tudo o que a gente tinha feito e começar a fazer as coisas novas agora. Nós já recuperamos quarenta políticas públicas de inclusão, e eu voltei para dizer para vocês: a gente vai cuidar da Amazônia”, disse Lula.
Para o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, o relançamento do programa é “uma importante iniciativa para promover o desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros”.
O presidente Lula ainda reafirmou que o governo não quer transformar a Amazônia num santuário mundial, “mas cuidar de cada igarapé, a gente quer cuidar de cada animal, a gente quer cuidar de cada passarinho, a gente quer cuidar de cada flor, a gente quer cuidar da nossa água, mas, sobretudo, eu quero cuidar do povo amazônida”.