Eleonora Menicucci: representação política |
No Brasil, as mulheres compõem a maior parcela da população. Também compõem a parcela com maior escolaridade. Os espaços ocupados por mulheres em postos de comando se ampliam e o País tem uma presidenta da República e oito ministras.
Ainda assim, entre 188 países, o Brasil aparece como o 156º no ranking de nações conforme a participação de mulheres na política. “Isso é algo que nos causa perplexidade, envergonha a todos”, disse o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, durante o lançamento da campanha “Mulher na Política”, em sessão solene nesta quarta-feira (19) no Plenário do Senado.
A campanha conta com spots de rádio e televisão, foi transmitida em primeira mão na presença da quase totalidade da bancada feminina da Câmara, de senadoras, da ministra da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci, e das procuradoras da mulher na Câmara e no Senado. A iniciativa do TSE pretende incentivar a maior participação feminina nos espaços de decisão política
Representando o Governo Federal, a ministra elogiou a iniciativa. Em seu pronunciamento, Eleonora Menicucci enfatizou que a representação política da mulher brasileira não corresponde à proporção da sua atuação na sociedade. “Também não reflete esse protagonismo na luta pela democracia, na luta pela justiça social, na luta pela equidade de gênero e contra a discriminação racial, a discriminação sexista e todas as outras”, disse.
A ministra afirmou que deve vir dos partidos a sensibilidade e a compreensão da necessidade de se cumprir a legislação eleitoral. “Parabenizo todas as parlamentares que aqui estão por terem se candidatado. Ao se candidatarem, elas estão dizendo que a divisão do trabalho baseada no patriarcado será mudada”, apontou.
Pela legislação eleitoral, os partidos devem preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Há ainda determinação de repasse de no mínimo 5% dos recursos do fundo partidário para criação de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres. A lei prevê também que pelo menos 10% do tempo de propaganda partidária gratuita seja destinado às mulheres.
Com informações das Agências Câmara e Senado
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