Regina: manifestantes pró-golpe são massa de manobra para enterrar Lava Jato

Regina: manifestantes pró-golpe são massa de manobra para enterrar Lava Jato

Regina: há promessa de livrar os investigados na Lava Jato que não sejam do PTA população que está indo às ruas defender o golpe pensa que está defendendo o combate à corrupção. Porém, segundo a senadora Regina Sousa (PT-PI), o que essas pessoas estão fazendo é defender o enterro da operação Lava Jato, que investiga desvios de recursos na Petrobras.

A promessa, segundo Regina, é livrar os investigados que não sejam do PT. “Os acordos estão acontecendo lá na vice-presidência [da República] – todo mundo diz –, e os sintomas são muito fortes”, afirmou a senadora, nesta sexta-feira (15), em discurso ao plenário. “A Operação Lava Jato continuará até dezembro, como já disse o Sérgio Moro, para ver se chega ao Lula, mas para os outros implicados nas listas famosas que há, com certeza, acaba”, emendou.

Segundo a senadora, é preciso que as pessoas estejam atentas ao fato de que pensam estar combatendo a corrupção quando, na verdade, aplaudem um processo conduzido pelo único réu que a Lava Jato já produziu no campo da política: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que lidera o processo de impeachment na Casa.

“Dilma, como disse o jornalista Homero Franco, é só uma cabeça para ser jogada aos leões, às feras, para acalmá-las, para poder a caravana passar, porque não há nenhum crime que possa justificar a cassação da presidenta”, disse a parlamentar petista, acrescentando que o golpe servirá para acalmar a ânsia da população que está indo às ruas defender o impeachment.

Regina acredita que Dilma está sendo cassada porque a oposição acabou se tornando maioria na Câmara, não havendo um fator determinante para o impeachment. “É uma presidenta desautorizada, uma presidenta que não pode nomear os ministros que quer”, afirmou, referindo-se ao ex-presidente Lula, que até agora não conseguiu tomar posse como ministro da Casa Civil devido a manobras judiciais.

Futuro com Temer

Além dos argumentos torpes em favor do golpe, Regina questionou qual seria o futuro do País com Michel Temer como presidente e Cunha como seu vice. “Logo quando ele viajar nós vamos ter Eduardo Cunha como presidente da República – é a pergunta que o Fernando Veríssimo não quis perguntar à História porque não quis ouvir a resposta”.

Outro questionamento em relação à dupla peemedebista é quanto à manutenção de conquistas sociais históricas, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Em áudio “vazado”, Temer disse que está “pensando” em manter esses programas.

“Como manter se eles só combatem esses programas? Desde que eu estou aqui – estou há um ano e pouco aqui –, não ouço outra coisa a não ser dizer que o Bolsa Família gera preguiçosos, e os outros programas também”, disse Regina. Ela lembrou que parlamentares que hoje apoiam o golpe defenderam o corte de R$ 10 bilhões do Orçamento da União para o Bolsa Família.

 

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