Foto: DivulgaçãoCarlos Mota, com informações da assessoria de Humberto Costa
8 de dezembro de 2016 | 17h56
Não bastasse a crise institucional que envolve o alto escalão e aliados do governo Michel Temer, a gestão ainda é marcada pelas mentiras contadas aos brasileiros. Passa pela ilação de que a PEC 55, que congela gastos públicos, vai salvar a economia do País à recente redução do preço dos combustíveis. Mas essa última lorota não durou nem dois meses.
Nesta semana, explodiu nas refinarias o preço da gasolina, com alta de 9,5%, e do diesel (+8,1%). E isso por que, em outubro, o governo havia anunciado com pompas a redução tímida dos valores em 3,2% e 2,7%, respectivamente.
E prepare o bolso: a expectativa é que esses reajustes representem, para o consumidor, alta de 3,4% no valor da gasolina e de 5,5% no diesel.
Nas redes sociais, as senadoras petistas Regina Sousa (PI) e Gleisi Hoffmann (PR) detonaram os aumentos em meio a grave crise por que passa o País.
“Num momento de crise, a Petrobras aumenta a gasolina e Diesel! É pra ajudar o País, né? Valeu Temer, valeu mercado!”, ironizou Gleisi. Também com ironia, Regina questionou se alguém vai “bater panela” após os reajustes.
Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que as altas poderão agravar ainda mais a crise. “É mais um ataque ao consumidor. Estamos em um momento muito difícil no Brasil, em que não há estabilidade, com os brasileiros perdendo o seu emprego e Temer dá mais esse golpe no bolso do trabalhador. E o pior: como todos sabemos, o aumento do combustível tem efeito cascata e deve atingir outras áreas como o setor de alimentos”, disse.
Segundo Humberto, Temer tentou fazer marketing, em outubro, ao tentar reduzir o preço do combustível. “Na tentativa de implantar uma agenda positiva que não decolou, o presidente sem voto anunciou, com alarde, a redução do preço do combustível, um valor que se quer chegou até as bombas. Agora, que é para aumentar, ele não dá as caras, manda a Petrobras desfazer aquilo que ele propagandeou e se esconde em meio a escândalos e a toda esta instabilidade que eclodiu no País e está o transformando nessa republiqueta de bananas. Mas não vamos assistir calados os mandos e desmandos e todo o fracasso da condução da política econômica de Temer e sua equipe”, concluiu.
E é bom a população se preparar. Os retrocessos mais graves, difundidos por meio de propostas como a que congela os gastos públicos e a Reforma da Previdência não serão sentidas imediatamente.
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