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Medidas eleitoreiras causaram desaceleração da economia

Apesar do crescimento de 2,9%, PIB do ano passado desacelerou ao longo do ano passado
Medidas eleitoreiras causaram desaceleração da economia

Imagem: Freepik

A economia brasileira cresceu 2,9% no ano passado. Apesar de parecer um número alvissareiro, o crescimento é bem menor do que o apresentado pelo Produto Interno Bruto (PIB) de 2021. Naquele ano, a economia brasileira cresceu 5%, na esteira da retomada econômica depois dos impactos da pandemia de Covid-19.

O resultado obtido no ano passado parece ser extremamente positivo e mostrar que a economia vinha bem com o governo anterior. Mas, os números não resistem a uma avaliação mais detalhada. Se os primeiros trimestres tiveram resultados positivos diante das medidas eleitoreiras adotadas por Bolsonaro, o quatro trimestre já mostrou que tudo não passava de um voo de galinha.

De outubro até dezembro de 2022, o PIB brasileiro encolheu de 0,2%, marcando a desaceleração gradual da economia ao longo do ano.

“Recessão, herança de Bolsonaro. 4° trimestre de 2022 com PIB negativo contamina 1° trimestre de 2023. Combinado com asfixia no crédito, altos juros reais e contenção de investimento, gasto de famílias e do setor público. Inflexão na política monetária e fiscal pode barrar a recessão no ano de 2023”, analisou o economista Marcio Pochmann, em sua conta no Twitter.

No ano passado, o PIB abriu o ano com variação positiva de 1,3% no primeiro trimestre. De lá para cá, mesmo com as medidas irresponsáveis do governo anterior, a curva foi descendo trimestre após trimestre. No segundo, o resultado foi de 0,9%. No terceiro, 0,3%. Já no último, o resultado negativo de -0,2%.

Para Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, o crescimento econômico também vem perdendo força por causa da elevação de juros promovida pelo Banco Central (BC).

O movimento, segundo Haddad, foi influenciado por medidas fiscais adotadas pela gestão anterior.

“Uma razão evidente de que houve uma reação do Banco Central às atitudes do governo anterior no período eleitoral, que ensejou aumento da taxa de juros, o que explica essa desaceleração”, disse.

Fernando Haddad ainda enfatizou que o governo Lula vem tentando reverter esse quadro para que, com uma eventual queda da taxa de juros, o Brasil possa retomar uma “curva ascendente” de crescimento econômico.

Na avaliação do presidente Lula, é preciso que o Estado brasileiro faça investimentos para fazer a economia brasileira crescer. “Tem que vir uma política de crescimento econômico, de geração de empregos e de transferência de renda através do salário que é o que importa para o trabalhador”, afirmou.

“O desafio que nós temos agora é fazer a economia voltar a crescer. E nós temos que fazer investimento. Não permitir que nenhuma obra continue paralisada neste país”, completou Lula.

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