Foto: Alessandro Dantas
Existem as condições econômicas necessárias para que ocorra uma queda significativa da taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os próximos dia 1º e 2 de agosto. A avaliação foi feita pelo senador Humberto Costa (PT-PE), nesta quinta-feira (27/7), em entrevista ao programa Folha Política, da Folha de Pernambuco.
“Condições e justificativas para que ocorra a redução da taxa de juros existem sobejamente. Existe, inclusive, um clamor nacional, principalmente por parte do setor produtivo. Existem razões até para que haja uma redução mais expressiva do que aquela especulada de 0,25%. O país está na expectativa”, disse o senador Humberto Costa.
Para o senador, os bons resultados obtidos nos primeiros meses do governo Lula, como a queda da inflação, a retomada do crescimento econômico e as medidas econômicas tomadas pela atual gestão mostram que há um projeto de promoção da inclusão social aliado com a preocupação com o equilíbrio das contas públicas.
“Creio que essa pressão toda fará com que haja uma queda [da taxa de juros]. Mas certamente não será no nível que deveria ser, porque o presidente do BC está na defesa dos interesses dos rentistas no Brasil”, avaliou. “O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não está ali para defender os interesses da população brasileira, está ali para defender interesses de grupos que estão cada vez mais minoritários.”
Reforma Tributária deve ter ajustes no Senado
Sobre a Proposta de Reforma Tributária em tramitação no Congresso Nacional (PEC 45/2019), o senador Humberto Costa acredita que os senadores farão mudanças pontuais no texto aprovado pelos deputados no primeiro semestre.
Humberto ainda relatou que o relator da proposta no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), está trabalhando em conjunto com o relator na Câmara, Agnaldo Ribeiro (PP-PB), para que as modificações promovidas pelos senadores sejam ratificadas pela Câmara. Caso o projeto seja modificado pelo Senado, o texto volta para nova análise da Câmara.
“Acredito que o principal daquilo que foi discutido [pela Câmara dos Deputados] deverá ser mantido [pelo Senado]. Algumas coisas precisam ser ajustadas, houve muitas exceções garantidas pela Câmara, por exemplo. Mas estou otimista com a aprovação da reforma tributária”, afirmou.
