O Supremo Tribunal Federal (STF) não pode sucumbir à chantagem dos setores conservadores que, inconformados com o sucesso dos governos petistas, querem usar o julgamento da ação 470, o chamado “mensalão” para lograr o que não conseguem nas urnas, que é derrotar um projeto de país mais justo e inclusivo. O alerta é do senador Jorge Viana (PT-AC), que não esconde sua preocupação com o que considera “um esquemão montado” para pressionar por um resultado político para o julgamento marcado para começar em agosto.
“Em primeiro lugar, a sociedade brasileira precisa se sentir segura com sua Justiça. Por isso, confio que os ministros do STF não vão ceder às pressões”, afirma o senador. “Ainda assim, é inaceitável a campanha eivada de preconceito, intolerância e autoritarismo contra o PT e o presidente Lula, que quer um rito sumário no julgamento do caso”.
Para Viana, há setores que não toleram Lula “nem fora do governo” e insistem em “ressuscitar por outros meios as eleições que não conseguiram ganhar no voto”.
A indignação com a abordagem sobre o assunto levou do senador petista a se manifesta no twitter. Pelo microblog, Viana tem protestado seguidamente contra a perspectiva de politização do julgamento. “Se antes do STF começar a julgar, a pressão já está desse jeito, imaginem durante o julgamento”, afirmou ao site PTnoSenado.
Segundo os envolvidos no episódio, o que de fato existiu foi a prática de financiamento irregular de campanha para cumprimento de acordo eleitoral, conduta irregular prontamente assumida por Delúbio Soares e o PT. O governo nunca interveio e nem tinha conhecimento desse acordo financeiro-eleitoral.