Metrô de SP: Suplicy apela pelo acordo

Metrô de SP: Suplicy apela pelo acordo

Suplicy: “Torço para que 12 de junho seja um
dia muito especial para São Paulo e para
todos os brasileiros”

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lamentou, em pronunciamento ao plenário, nesta terça-feira (10), a dificuldade de acordo entre os trabalhadores do Metrô paulista, a direção da empresa e o governo do estado, situação que vem prejudicando milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo em decorrência da paralisação ou redução do serviço. Da tribuna, Suplicy apelou ao presidente do Sindicato dos Metroviários e a todos os integrantes da categoria que não levem adiante a intenção de retomar a greve nesta quinta-feira, dia da estreia do Brasil na Copa do Mundo 2014, em partida que será realizada no Estádio do Itaquerão, na capital paulista.

“Isto causaria uma indisposição da população junto aos metroviários”, ponderou Suplicy, que antes de subir à tribuna, voltou a conversar com o presidente do sindicato dos trabalhadores, Altino de Melo Prazeres Júnior. Ao senador, o sindicalista informou que estava discutindo a questão com os 42 metroviários demitidos em função do movimento. Suplicy sugeriu que o sindicato leve em conta os interesses e a preocupação de todas as demais categorias de trabalhadores, que dependem do metrô para chegar ao serviço ou que ficam horas nos congestionamentos, em decorrência da piora do tráfego.

O senador já havia acompanhado, na última segunda-feira, uma tentativa de conciliação realizada na Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo, com a presença do superintendente do Ministério do Trabalho no estado, Luiz Antônio Medeiros (ex-presidente da Força Sindical), o Sindicato dos Metroviários, o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o Presidente do Metrô, Luiz Antonio Pacheco. O encontro também foi acompanhado pela Central Única dos Trabalhadores e representação de outras centrais.

“A greve dos metroviários foi iniciada dias depois da greve dos ônibus, que já havia causada dificuldades extraordinárias para tantos paulistanos”, lamentou Suplicy, lembrando que muita gente teve que trocar viagens rápidas de metrô por longas caminhadas — há relatos de gente que andou a pé por cinco ou seis horas — para chegar ao trabalho. “Houve até quem estivesse para perder o emprego ou ter as suas horas de trabalho que não puderam ser cumpridas descontadas”, lembrou o senador.

Suplicy estranhou a declaração do presidente do Sindicato dos Metroviários, que na assembleia da categoria que aprovou a continuidade do movimento, no último domingo, afirmou que a Copa do Mundo e as eleições no fim do ano criariam um “momento excepcional” para a greve. “Ora, como se isso fosse um motivo para, então, dar continuidade à greve em qualquer situação, mesmo que causando estes prejuízos a um número tão grande de paulistanos que utilizam o transporte coletivo e todos os meios de transporte”, criticou o senador.

A greve do Metrô foi suspensa na última segunda-feira, mas pode ser retomada na quinta, exatamente o dia do jogo do Brasil.

“Torço para que 12 de junho seja um dia muito especial para São Paulo e para todos os brasileiros.Torço para que os metroviários torçam para o Brasil se sair bem na sua estreia. Desejo que joguem muito bem todos os jogadores brasileiros diante da Croácia. Desejo ao nosso Felipão, ao Neymar e a todos os jogadores do Brasil que acertem, promovendo um maravilhoso jogo. Também desejo que joguem muito bem os craques da Croácia. Mas eu torcerei pelo Brasil”, concluiu o senador.

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