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A Comissão de Educação aprovou nesta quinta-feira (24) requerimentos de autoria dos senadores Jean Paul Prates (PT-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, compareça ao colegiado para prestar esclarecimentos acerca do escândalo de favorecimento a pastores evangélicos indicados por Bolsonaro na destinação de recursos públicos.
Originalmente, os requerimentos solicitavam a convocação do ministro. A aprovação da convocação torna obrigatória a presença do alvo do requerimento. Mas, os senadores foram informados pelo presidente do colegiado, senador Marcelo Castro (MDB-PI) que o próprio ministro havia entrado em contato se colocando a disposição para comparecer. Assim, a audiência deve ocorrer na próxima quinta-feira (30).
Além do ministro, os senadores também aprovaram requerimento de convite a nomes que são suspeitos de envolvimento no caso e que teriam sido beneficiados com verbas públicas do Ministério da Educação.
Dentre eles, estão: Márcio Lopes da Ponte, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil; Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil; Prefeito de Rosário (MA), Calvet Filho; Prefeito de Anajatuba (MA), Helder Aragão; Prefeito de Centro Novo (MA), Junior Garimpeiro; Prefeita de Bom Lugar (MA), Marlene Miranda; Prefeito de Luis Domingues (MA), Gilberto Braga.
A audiência com os demais convidados ainda não tem data definida.
Corrupção no MEC
A imprensa veiculou nesta semana uma série de reportagens, inclusive, áudio do ministro Milton Ribeiro afirmando priorizar, a pedido de Jair Bolsonaro, a destinação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) a municípios administrados por prefeitos vinculados aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
“O Ministério da Educação é uma pasta estratégica para o desenvolvimento nacional. Durante o governo Bolsonaro, tragicamente, a gestão do MEC vem sendo marcada por descontinuidade, incompetência, ideologização, descompromisso e tudo sugere que também por ilegalidades”, critica o senador Jean Paul.
Ainda de acordo com informações veiculadas pela imprensa, os mencionados pastores, sem exercer funções públicas no governo federal, participam ativamente de atividades oficiais do Ministério da Educação, fazendo uso inclusive de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para deslocamentos e integrando uma equipe de gabinete paralelo da educação.
