Ali, se já não estivesse convencida, antes, constataria a força e o impacto das transformações em todas as áreas em virtude do salto que a humanidade deu com a internet e redes sociais, tudo repercutindo muito fortemente na área da cultura.
Foi Leonardo da Vinci quem me veio à cabeça assim que entrei na arena, o Anhembi, em São Paulo. Gênio que criou coisas até então (passagem dos séculos 15/16) inimagináveis: protótipos de helicóptero, de tanque de guerra, robôs etc ainda nos brindou com a “Mona Lisa” e “A Última Ceia”, duas das pinturas mais famosas e reproduzidas no mundo. Hoje, o chamaríamos de multiconectado. Quantos da Vinci têm aqui?, pensei.
Falei o que o Ministério da Cultura (MinC) está fazendo para alavancar cultura digital. Anunciei um edital para selecionar empreendedores, empresas de setores criativos, produtores e artistas para participar do I Mercado das Indústrias Culturais do Mercosul, na Argentina. Bombou! O Facebook do MinC registrou mais de 20 mil visualizações para a notícia, em menos 24 horas.
Hoje, os sonhos dos jovens – não só os das classes A e B, mas também os da classe C, que têm entre os itens mais cobiçados de consumo notebooks, smartphones e tablets –, podem ser potencializados.
Há mais ascensão social, empregos e oportunidades para dar vazão à criatividade. Na cultura, vemos surgir uma nova produção, e consequentemente novos formatos de distribuição, curadoria, e há críticos, articuladores etc. Temos de estimular essa criatividade; dar sustentabilidade à arte.
Por isso, o MinC firma agora parceria inédita com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Teremos laboratórios multimídia nos Centros de Artes e Esportes Unificados – CEUs; intercâmbios artísticos, de gestão cultural e de negócios, o “Cultura sem Fronteiras”; reconhecimento e fortalecimento de Arranjos Produtivos Locais; a abertura de Centros Vocacionais Tecnológicos para as áreas de games, moda, gastronomia, design e indústria do carnaval com foco em capacitação tecnológica e ampliação da participação da juventude na economia criativa. Também integração de acervos memoriais de instituições como bibliotecas e museus, e o desenvolvimento do Canal da Cultura.
Para impulsionar negócios, já começamos a inaugurar – serão em 13 estados – as Incubadoras Brasil Criativo: centros de inovação, formação e fomento voltados aos empreendedores culturais dos 20 setores da Economia Criativa. Estamos oferecendo balcões de crédito, de formalização, de assessoria jurídica, de empregos e de encaminhamento para escolas de formação técnica dentro do programa Pronatec. Tem ainda um escritório de exportação e a oferta ampla de cursos e consultorias em planejamento estratégico, gestão e rodadas de negócios em parceria com o Sebrae.
É uma vastidão de oportunidades! O MinC entra de cabeça na cultura digital.
Artigo originalmente publicado no Brasil Post em 20 de fevereiro