Na mídia: Brasil sobre cinco posições no ranking de competitividade

País ficou na 60ª posição entre 144 países. A melhora do desempenho é reflexo direto dos avanços na oferta e no acesso à infraestrutura de TIC.

 

O relatório é baseado na infraestrutura,
qualificação e custo de acesso à tecnologia;
e preparo de governos, empresas e pessoas
para o uso da TIC

O Brasil melhorou cinco posições no relatório global de tecnologia da informação divulgado ontem pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), ficando na 60ª posição. Realizado em parceria com 167 organizações em todo o mundo, o estudo avaliou os impactos da tecnologia da informação e comunicações (TIC) para o desenvolvimento e a competitividade de 144 países. As informações são do jornal Valor Econômico, na edição desta quinta-feira (11).

O estudo do Fórum Econômico Mundial avalia infraestrutura, qualificação e custo de acesso à tecnologia; preparo de governos, empresas e pessoas para o uso da TIC; ambiente de inovação, de negócios, político e regulatório; e impactos econômicos e sociais gerados pela tecnologia. Segundo o relatório, a nova posição do Brasil é reflexo direto dos avanços observados na oferta e no acesso à infraestrutura de TIC.

 

Veja a íntegra da matéria do Valor Econômico:

Brasil avança em competitividade

Por Moacir Drska | De São Paulo

O Brasil melhorou cinco posições no relatório global de tecnologia da informação divulgado ontem pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). Depois de passar da 56ª para a 65ª colocação em 2012, o país deu sinais de recuperação e ficou com a 60ª posição na nova edição do estudo. A Finlândia assumiu a liderança e desbancou a Suécia, que foi para o 3º lugar. Cingapura se manteve 2º, enquanto Holanda e Noruega avançaram uma posição e completam a relação dos cinco primeiros mercados na pesquisa.

Realizado em parceria com 167 organizações em todo o mundo, o estudo avaliou os impactos da tecnologia da informação e comunicações (TIC) para o desenvolvimento e a competitividade de 144 países. O relatório é baseado na análise de quatro vertentes: infraestrutura, qualificação e custo de acesso à tecnologia; preparo de governos, empresas e pessoas para o uso da TIC; ambiente de inovação, de negócios, político e regulatório; e impactos econômicos e sociais gerados pela tecnologia.

A nova posição do Brasil é reflexo direto dos avanços observados na oferta e no acesso à infraestrutura de TIC. Nesse quesito, o país saiu da 68ª colocação, há um ano, para a 62ª. Mas, a pesquisa ressalta novos barreiras para que o país consiga usar essas melhorias a seu favor e alcançar um novo estágio de competitividade. “O grande gargalo começa a ser a formação de profissionais capazes de atuar nos novos modelos de negócios que a tecnologia tende a impulsionar”, disse ao Valor Eric Camarano, diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo, parceiro local da WEF na pesquisa.

O relatório mostra que em termos de preparo para o uso da tecnologia, o Brasil ficou na 91ª posição, ante a 86ª no ano passado.

As questões regulatórias e o ambiente de incentivo à inovação são indicados como essenciais para que o Brasil consiga galgar novas posições no ranking. Nesses temas, o país passou da 101ª posição em 2012 para a 107ª.

No plano da inovação, Camarano destacou as recentes iniciativas do governo federal para ampliar a oferta de recursos voltados à pesquisa e desenvolvimento. Em contrapartida, o diretor destacou a necessidade de tratar outras questões, como a simplificação da estrutura de custos sobre o setor e a maior aproximação entre as universidades e o setor privado. “Temos uma integração maior entre a academia e o mercado em segmentos como óleo e gás, mas no geral, essa conexão ainda é muito precária”, afirmou.

Entre os países da América Latina e Caribe, o Brasil foi superado pelo Chile, Porto Rico, Barbados, Panamá, Uruguai e Costa Rica. Em relação aos BRICs, o país ficou atrás de Rússia e China, e à frente da Índia e África do Sul.

Na avaliação de Camarano, esses dados expõem o fato de que o Brasil ainda não apresenta diferencial de competitividade e de atração de investimentos no mapa global de tecnologia, e que está no mesmo nível de vizinhos da região. “Houve avanços importantes. O que questionamos é se estão acontecendo na velocidade adequada para que o Brasil se destaque nesse cenário”, disse.

Valor Econômico 

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