Dilma: respeitamos a democracia e o direito |
Vai ter segurança na Copa. A informação aparece nos jornais desta terça-feira (3), que destacam a relação dos números das tropas militares que protegerão as cidades-sede e a abertura da negociação entre governo e Polícia Federal, para reduzir a pressão da categoria pela greve no período dos jogos. Também ganhou projeção a fala da presidenta Dilma Rousseff de que a estrutura de segurança para o evento futebolístico “vai impressionar”. Segundo ela, serão respeitados os direitos de quem quer assistir aos jogos e dos que querem manifestar.
“Somos um país democrático que respeita a liberdade de manifestação e de expressão, que a valoriza e convive com ela. E que também é capaz de preservar os direitos daquela maioria que quer assistir aos jogos e quer confraternizar e comemorar”, afirmou a presidenta após receber a taça da Copa das mãos do presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Exército vai reforçar patrulhamento
De acordo com a Folha de S.Paulo, Dilma ofereceu homens do Exército para atuar nas ruas e ajudar no patrulhamento das 12 cidades-sede. A capital paulista foi a primeira a aceitar a ajuda. Cerca de 4.000 soldados deverão fazer a segurança na abertura do evento, no próximo dia 12, e na segurança das seleções que estarão hospedadas em cidades do interior.
Um novo plano de atuação determina que os militares estarão espalhados em pontes, viadutos e vias de acesso às cidades-sede. As tropas também ficarão ao longo de rotas e ao redor de hotéis usados por autoridades e chefes de Estado, em aeroportos e outros pontos estratégicos. Os militares federais, porém, não irão trabalhar diretamente no combate ao crime ou nas manifestações – sua presença nas ruas será para aumentar a sensação de segurança.
O governo usará os 21 mil militares que, inicialmente, ficariam aquartelados como equipe de contingência para atuar durante o Mundial. Eles repetirão em escala nacional o plano das Forças Armadas desenvolvido na segurança de chefes de Estado, durante a Rio+20, em 2012. Na ocasião, os militares foram vistos de prontidão por toda a cidade do Rio. Não serão usados tanques nas ruas.
Acordo evitará greve
Além da Folha, os jornais Valor Econômico e Correio Braziliense também ressaltam que um acordo firmando entre o governo federal e Fenapef (Federação Nacional da Polícia Federal) sedimentou o fim das ameaças de greve. Segundo as publicações, o governo se comprometeu a apoiar um projeto para alterar o Orçamento e garantir que os policiais recebam 15,8% de aumento até o início de julho, visto que a 90 dias das eleições o reajuste fica proibido.
Entretanto, é importante lembrar que a paralisação da Polícia Federal já estava proibida por decisão da Justiça Federal.
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