Para Humberto, alianças vão avançar mais rápido com Lula no ministério

Para Humberto, alianças vão avançar mais rápido com Lula no ministério

Humberto sobre hipotético governo Temer: “Será um governo frágil, até mais que o que estamos vivendo com a presidente Dilma”O líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), em entrevista concedida à revista Época, veiculada no final da última semana, garante que, por parte do governo, “houve uma mudança de ânimo desde a saída do PMDB até o fim da semana”. Segundo Humberto, havia uma leitura de que uma debandada de partidos aliados ocorreria a partir do desembarque do PMDB. Fato que ainda não ocorreu.

Humberto ainda destaca a liderança do presidente Lula, que tem ajudado a recompor a base de apoio ao governo nas últimas semanas. “O que há de certo é que o ex-presidente é um grande negociador, que dialoga bem com diversos setores da sociedade. Na negociação política, ele desperta confiança”, disse. O senador ainda avalia que, se Lula for confirmado no cargo de ministro-chefe da Casa Civil, “as alianças vão caminhar muito mais rápido”.

O senador aponta o esgotamento do presidencialismo de coalizão, modelo político vigente no País. Para ele, seria necessário realizar uma reforma política profunda para alterar o modelo de composição de alianças políticas. “Enquanto isso não acontece, essa dinâmica de negociação de cargos vai valer tanto para Dilma quanto para um eventual governo Temer e para 2018. Ou tomamos a decisão política de mudar essa lógica ou todos os governos terão de buscar sustentação em acordos que extrapolam a ideologia”, avaliou.

Quanto à possibilidade de um eventual governo do atual vice-presidente, Michel Temer, o líder do governo no Senado avalia que faltará legitimidade a sua gestão, já que as pessoas não estão nas ruas se manifestando em defesa de um governo deste ou daquele partido.

“Esta base social que está na rua gritando pela saída do PT terá de encarar, com o Temer, a realidade dos fatos. Os pontos que vi do programa do PMDB, a Ponte para o Futuro, dificilmente serão implementados. Será um governo frágil, até mais que o que estamos vivendo com a presidente Dilma”, apontou.

Confira a íntegra da entrevista no site da revista Época

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