As pessoas tendem a considerar que, por conta do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos, tudo é obsoleto e “com cara de anos cinquenta” em Cuba. Mas o país é vanguarda absoluta em pelo menos dois setores: educação e saúde. A matéria “Dois médicos norte-americanos avaliam o sistema de saúde de Cuba”, publicada no site Viomundo desmistifica preconceito em relação ao profissional cubano e mostra que quem se opõe à vinda de médicos daquele país ao Brasil fala sem saber.
Sem pagar um tostão por isso, os cubanos têm médicos até demais. E são bons médicos. Cuba enfrentou problemas de saúde de uma forma que o Brasil ainda não conseguiu e os Estados Unidos nem tentaram enfrentar.
A expectativa de vida é idêntica a dos americanos e a mortalidade infantil, menor. O número de médicos cubanos trabalhando fora do país não deixa dúvidas sobre a qualidade de sua formação.
Muitos dos médicos cubanos estão em outros países, como voluntários, num programa de dois anos ou mais, pelo qual recebem compensação especial. Em 2008, havia 37 mil profissionais de saúde cubanos atuando em 70 países do mundo. A maioria trabalha em áreas carentes, como parte da ajuda externa de Cuba, mas alguns estão em áreas mais desenvolvidas e seu trabalho traz benefício financeiro para o governo cubano (por exemplo, subsídios de petróleo da Venezuela).
Essa é a proposta para “importação” desses profissionais e de médicos de outros países feita pelo Governo Federal para suprir a carência de profissionais, especialmente em regiões afastadas do País, aonde os brasileiros não aceitam ir, nem mediante pagamento de bons salários.
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