No governo do Paraná, prática desmente discurso – acusa Gleisi

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) explicitou, nesta quarta-feira (17), as contradições existentes nos discursos de políticos tucanos com a vida real, ou seja, a prática das gestões tucanas nos estados brasileiros. Enquanto, no Congresso, parlamentares oposicionistas fazem discursos eloquentes em defesa do equilíbrio das contas públicas, na prática, a direção da máquina pública vai ao sentido oposto ao do discurso, como na gestão de Beto Richa, governador do Paraná.

 

Gleisi relatou a implantação de um pacote de medidas tributárias estadual para o próximo ano. O PSDB do Paraná aumentará em 50% o ICMS para mais de 90 mil itens e em 40% o IPVA. Assim, os paranaenses vão pagar 40% mais caro o IPVA em janeiro.

“Eu pergunto por que o governador Beto Richa, do PSDB, partido que defende tanto o equilíbrio nas contas, o corte de despesas, ao invés de aumentar tributos e imposto, não corta essas despesas. Não corta, por exemplo, despesas com cartão corporativo, despesa com propaganda, as despesas com processamento de dados?”, questionou a senadora.

A senadora petista citou a coluna do jornalista André Gonçalves, do jornal Gazeta do Povo, com o nome “Tarifaço: o pior está por vir”. No texto, relata a senadora, a receita estadual dos últimos quatro anos cresceu 56%, muito acima da inflação acumulada do período, que ficou em 27%. Descontados os efeitos da inflação, a Fazenda estadual arrecadou R$ 7,3 bilhões a mais do que seria normal. “Mesmo assim, ficou devendo para fornecedores e, pior, não fez obras de vulto”, citou.

Para o ano que vem, de acordo com Gleisi, mesmo com o aumento do ICMS e do IPVA, o governo paranaense espera fazer crescer o bolo da receita em mais R$ 1,6 bilhão, mas a previsão de investimentos caminha em sentido inverso e foi reduzida de R$ 2,9 bilhões para R$ 2 bilhões.

“A prática que tem o governador Beto Richa vai colocar o Paraná numa recessão. Aumentar impostos retira dinheiro da economia, prejudica os pequenos e médios empresários, a indústria e gera desemprego. Eu lamento muito que isso que esteja acontecendo no Paraná”, concluiu.

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