Contra o povo

No orçamento, Bolsonaro corta no social

Presidente abandona o povo à própria sorte e dá prioridade à politicagem com aliados. Planalto tirou dinheiro da educação e do aposentado. Bancada do PT critica a conduta do governo
No orçamento, Bolsonaro corta no social

Foto: Agência PT

Para fazer a velha politicagem, o presidente Jair Bolsonaro resolveu cortar recursos do orçamento na área social, punindo a população ao tirar dinheiro das áreas da previdência, saúde e educação. A bancada do PT no Senado, liderada por Paulo Rocha (PA), criticou a decisão do Palácio do Planalto. “Bolsonaro cortou R$ 3,184 bilhões do Orçamento aprovado pelo Congresso e nada menos do que 31% desse dinheiro diz respeito ao INSS. Isso é criminoso”, lamentou o líder do PT.

O governo cortou em áreas importantes, como saúde, educação e previdência, enquanto resolveu preservar os recursos das emendas parlamentares — o chamado “orçamento secreto”, no valor de R$ 1,3 bilhão — e os recursos do fundo eleitoral — R$ 4,7 bilhões —, destinando ainda R$ 1,7 bilhão para reajustar salários da elite do funcionalismo público federal.

Foto: Alessandro Dantas

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) reforça a denúncia do atropelo do governo em desfigurar a proposta orçamentária para 2022, poupando emendas de recursos para aliados, enquanto tira dinheiro de setores vitais. “Bolsonaro volta a demonstrar desprezo pela ciência, pela educação e pelos direitos das minorias com cortes de verbas para indígenas, quilombolas e pesquisas científicas”, alerta. “A tesourada também atinge universidades, reforma agrária, políticas para as mulheres, trabalho e previdência”.

A facada mais forte atingiu a Previdência. Mais R$ 1 bilhão foram retirados do INSS. Esse dinheiro seria destinado, principalmente, à manutenção das agências de atendimento aos beneficiários do INSS. “É dinheiro que o governo está tirando para pagar as contas de energia, água, segurança e limpeza”, adverte Paulo Rocha.

Ele lembra que outra parte do dinheiro retirado do orçamento pelo presidente era para fazer os processamentos dos benefícios previdenciários. “Caso estes recursos não forem recompostos, o povo é quem sairá prejudicado, porque sem dinheiro para o custeio pode resultar no fechamento de agências e até mesmo o atraso nos pagamentos de alguns benefícios”, insiste Rocha.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), líder da Minoria no Senado, diz que os estudantes brasileiros serão penalizados com os recursos que foram cortados pelo presidente. “Mais de R$ 730 milhões foram vetados na Educação, sendo R$ 500 milhões no FNDE, órgão responsável por cuidar da educação básica, R$ 100 milhões na Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, exatamente no momento que país passa pela quarta onda da Covid”, adverte. “É criminoso o governo Bolsonaro tirar recursos dos hospitais federais, vetando mais de R$ 87 milhões das universidades, que já vêm sendo desmanteladas desde o primeiro ano da atual administração”.

O PT diz que o Planalto é irresponsável ao retirar mais recursos da educação básica, no momento que os estudantes tentam retomar as aulas presenciais nas escolas públicas do país. Justamente em meio à pandemia, foram retirados mais de R$ 73 milhões da área Ciência e Tecnologia. As verbas deveriam ser utilizadas para pesquisas em diversas áreas e até mesmo nas áreas de saúde, buscando insumos e produtos para atender aos tratamentos contra a Covid.

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