Obesos terão assentos especiais no transporte público

Empresas operadoras das diversas modalidades de transporte público deverão reservar assentos, devidamente identificados, para pessoas com obesidade mórbida. Projeto de lei com esse objetivo foi aprovado nesta quinta-feira (8/12) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Com relatoria senadora Ana Rita (PT-ES), a matéria votada em decisão terminativa e segue para a Câmara dos Deputados.

O PLS 578/2009, de autoria da ex-senadora Serys Slhessarenko, altera a lei que dá prioridade de atendimento a deficientes, idosos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas de criança de colo (Lei 10.048/2000) para estender o benefício aos obesos.

A obesidade mórbida é a condição de sobrepeso verificada quando a divisão do peso pela altura, elevada ao quadrado, dá um resultado maior que 40, e quando a esse estado se associam distúrbios como a hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, osteo-artrites, cânceres de seio e de intestino e síndrome da apneia do sono.

Saúde Pública

Em defesa do projeto, Ana Rita (PT-ES) disse que desde a década de 1980 a obesidade tornou-se um problema de saúde pública no Brasil, afetando não somente a população adulta como também crianças e adolescentes. Ela lembrou que o mal acarreta perdas consideráveis na qualidade de vida e na produtividade, além de elevados gastos públicos e privados.

No Brasil, informou a senadora, cerca de 40% da população—cerca de 70 milhões de pessoas — estão acima do peso recomendado. Desses, aproximadamente 7,5 milhões de brasileiros são obesos e 1,2 milhão sofrem de obesidade mórbida.

A proposta inicial previa que a pessoa com obesidade mórbida pagaria 25% de acréscimo ao valor da passagem, quando precisasse utilizar dois assentos, devido à sua condição. Ana Rita não acatou tal aumento no preço da passagem pelo assento adicional.

“O obeso não pode ser punido por sua condição de saúde. Os serviços e a tecnologia devem ser adaptados à diversidade existente na sociedade, sem qualquer ônus para o usuário”, disse a senadora.

Fonte: Assessoria da Senadora Ana Rita, com Agência Senado

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