Operação Porto Seguro: sindicância tem 30 dias para apurar denúncias

A ministra Gleisi afirmou que todas as medidas cabíveis foram adotadas para investigar a atuação criminosa de servidores na administração pública.

Ao participar na manhã desta quarta-feira (28/11) de solenidade na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que num prazo estabelecido de trinta dias a Comissão de Sindicância Investigativa, criada pela Casa Civil, apresentará os resultados a respeito das irregularidades identificadas pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro, envolvendo servidores públicos e diretores de agências reguladoras.

Segundo informou Gleisi, a comissão já está em funcionamento há dois dias e os integrantes – o analista de finanças e controle Edson Daléscio, o procurador federal Paulo Cesar Wanke e o advogado da União Cesar Dutra Carrijo – estão apurando as responsabilidades de cada envolvido. “Todas as medidas estão sendo tomadas e serão tomadas ao longo das reuniões”, disse ela.

A ministra afirmou que o Governo Federal adotou todas as medidas cabíveis para investigar as eventuais irregularidades cometidas por servidores que teriam participação numa organização criminosa infiltrada na administração pública. Essa organização seria liderada pelo diretor demitido da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Vieira.

A Operação Porto Seguro da Polícia Federal tornada pública na última sexta-feira resultou no indiciamento de 18 suspeitos de participação num suposto esquema de fraudes com a finalidade de beneficiar empresas privadas. Esse grupo fraudava pareceres técnicos. A resposta da presidenta Dilma a essa operação da PF foi imediata ao demitir a ex-chefe do gabinete do escritório da presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha e o advogado-geral da União adjunto, José Weber Holanda, além dos irmãos Paulo e Rubens Vieira que ocupavam cargos de diretor da ANA e da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). A funcionária pública Evangelina de Almeida Pinho, da Secretaria do Patrimônio da União e o assessor Esmeraldo Malheiros Santos, do Ministério da Educação, também foram demitidos dos cargos que ocupavam.

Com agências onlines

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