O senador Paulo Paim (PT-RS) comentou, nesta segunda-feira (24), o artigo “A crise entre a presidente Dilma e os políticos ‘descontentes’”, do jornalista José Carlos Werneck. O texto aponta para o capital político da atual presidente da República e destaca que, dentro da base aliada do governo, “existem políticos honrados e trabalhadores, dispostos a colaborar com o governo, sem trair seus ideais e renegar suas raízes populares”.
Werneck questiona, em seu artigo, o motivo de “um nome do quilate e gabarito do senador do PT gaúcho, Paulo Paim” não ocupar o Ministério da Previdência, “já que domina todos os assuntos atinentes à pasta”. O texto segue apontando que, com o senador no comando da pasta, “a população brasileira seria poupada das explicações risíveis e bizarras, dadas habitualmente por políticos que ocuparam a pasta, com o intuito de justificar o ‘rombo’ da Previdência Social”.
Paim, conhecido por sua bandeira em favor do fim do fator previdenciário, ressaltou que não existe rombo algum na Previdência Social que justifique a manutenção do Fator, que atinge as aposentadorias com valores acima do salário mínimo.
“Eu sei que a Previdência não tem rombo nenhum”, disse Paim, que emendou citando trecho do artigo. “Quem nunca precisou da Previdência e está a quilômetros de distância dos problemas vividos pela massa trabalhadora, não tem capacidade e autoridade para explicar absolutamente nada aos que vivem de pensões e aposentadorias miseráveis.”, enfatizou.
De acordo com Paim, uma situação que mostra claramente a coerência de seu mandato, como apontado pelo artigo, é o seu posicionamento em relação ao fundo de pensão Aerus.
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve decisão que obriga a União a indenizar a Varig por tabelamento de tarifas entre 1985 e 1992, um valor estimado em até R$ 7 bilhões. O valor seria utilizado para quitar dívidas trabalhistas e previdenciárias dos ex-funcionários da Varig e da Transbrasil.
“Eu não tenho medo de arena alguma. Sempre estarei fazendo um bom debate e um bom combate, sempre que necessário, e do lado do mais fraco, do mais necessitado”, disse Paim, ao comentar o trecho do artigo que questionava “Quem tem medo de Paulo Paim na Previdência?”.
“Agradeço os elogios que o autor faz a minha pessoa. E o autor mostra a nossa coerência, a coerência do nosso mandato. Não seria coerente se não estivesse desse lado, ao lado de vocês, ao lado do mais fraco”, disse, ao se referir aos pensionistas do Aerus, que se encontravam no plenário.
Leia a íntegra do artigo de José Carlos Werneck
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