Senador destacou comunicado de entidade educacional que cobra a valorização do ensino público no Brasil. “Nós precisamos aprovar as medidas que podem colocar isso em prática.”
Sem a valorização do ensino público |
O senador Paulo Paim (PT-RS) cobrou, nesta terça-feira (23), que seja cumprido o pagamento do piso salarial para professores, em todo o Brasil. A cobrança do senador, em pronunciamento, se deu em decorrência da realização da 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública de qualidade, realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). O evento debate iniciou ontem e vai até o próximo dia 26 de abril.
“Uma das grandes dificuldades que o Brasil está enfrentando e que já vem de um bom tempo diz respeito à questão de atrair a juventude para o magistério. E também não poderia ser de outra forma diante do quadro que aí está. Os salários são baixos, as condições de trabalho são ruins, no mínimo precárias, os profissionais que se mantêm nas escolas sofrem com doenças do trabalho, alergias, varizes, calos vocais e, não podemos deixar de falar, com a violência a que estão cada vez mais expostos”, disse.
Para o senador, uma das metas mais importantes para um País deve ser alcançar uma educação de qualidade. “A educação é o instrumento facilitador da conquista de melhores condições de vida para as pessoas e é também o grande instrumento que vai viabilizar a prática da plena cidadania”, disse.
Ao ler trecho de carta enviada pelo CNTE, Paulo Paim destacou pensamento dos membros da entidade, que cobram a valorização do ensino público do País, que recebe mais de 2/3 das matriculas no ensino brasileiro. “Hoje, 86% das matrículas escolares no Brasil concentram-se na escola pública, e, sem que essa instituição seja devidamente valorizada, dificilmente atingiremos melhores índices de distribuição de renda, de emprego, de qualidade de vida e de justiça social”, apontou.
O senador ressaltou que a lei deveria ser cumprida e que a reivindicação dos professores é absolutamente justa e que, sequer, deveria haver discussão sobre o tema. “Não é o que eles querem, e sim o que a lei manda em relação, por exemplo, ao piso e ao plano de carreira. Os professores e o ensino público precisam, urgentemente, ser valorizados. Merecem ser valorizados. E nós precisamos aprovar as medidas que podem colocar isso em prática.”, enfatizou.
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