Paim comemora punição para planos de saúde

Senador destacou que a decisão da Agência Nacional de Saúde não prejudica os usuários, já que só a venda de novos planos está proibida. “No primeiro semestre deste ano, foram registradas quase oito mil reclamações contra essas operadoras”, lembrou.

O senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar de suspender a venda de 268 planos de saúde de 37 operadoras no País, anunciada na última terça-feira (10/07), uma punição ao descumprimento dos prazos mínimos de atendimento à população, instituídos em dezembro de 2011. Em discurso ao Plenário nesta quarta-feira (11/07), Paim destacou que os usuários não serão prejudicados pela medida, já que só a venda de novos planos está proibida. “No primeiro semestre deste ano, foram registradas quase oito mil reclamações contra essas operadoras”, lembrou o senador, que é pretende realizar uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, da qual é presidente, para debater o tema. Os planos com as vendas suspensas atendem cerca de 3,5 milhões de pessoas, 7% dos 50 milhões de brasileiros que contam com assistência de saúde suplementar.

Paim criticou as operadoras pela má qualidade do serviço oferecido aos usuários e pelos preços abusivos. “Em dez anos, aumentaram a prestação em 50% a mais do que a correção dos salários dos aposentados”. Ele lembra que a saúde pública continua vivendo uma situação grave. “O Sistema Único de Saúde não dispõe, infelizmente, de recursos suficientes para atender adequadamente à população brasileira. Em tal cenário, inúmeras famílias têm que recorrer ao mercado privado, que, também não atende corretamente aos brasileiros”.

O senador destacou que entre 2001 a 2012 a inflação, foi de 115,26%, enquanto o índice de reajuste dos planos de saúde foi de 160,92%. “O plano só recebe e não dá nenhum atendimento à população”, criando “um grave problema social e econômico”. Ele citou estudos do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor que apontam os planos de saúde como campeões de reclamações. Negativa de cobertura, reajuste abusivo de mensalidades e descredenciamento de médicos e hospitais são as queixas mais comuns.

Foto: Agência Senado 

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