“A Contag integrou a vanguarda da luta contra |
A 30 dias de completar meio século de existência, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) já começou a receber homenagens. Na manhã desta sexta-feira (22), Paulo Paim (PT-RS) subiu a tribuna do Senado Federal para recordar a importância da entidade na construção da democracia, especialmente na defesa permanente dos interesses dos trabalhadores.
“A Contag integrou a vanguarda da luta contra a ditadura militar. Foi fundamental para a volta da democracia no Brasil, reivindicando uma ampla e irrestrita anistia política, eleições diretas e foi fundamental até mesmo na convocação da Assembleia Nacional Constituinte”, afirmou Paim.
Segundo o petista, a confederação “é uma entidade histórica”, porque sediou diversas reuniões e debates que resultaram na elaboração da parte da ordem social da Constituição (artigos 6 a 12). “Lá foi o grande QG dos constituintes, liderados também naturalmente pelo Diap [Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar], pelo Dieese [Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos] e pelas confederações e centrais sindicais”, destacou.
Uma das grandes conquistas conseguidas a partir dos encontros na Contag, ressaltou Paim, foi a inclusão dos trabalhadores e trabalhadoras rurais na Previdência Social, garantindo, inclusive, o direito ao salário mínimo.
“Portanto, meus cumprimentos, meus parabéns, em nome do Senado Federal, em nome dos trabalhadores do campo e da cidade, a essa entidade, a Contag, pelos seus 50 anos de luta, 50 anos de vida nessa caminhada em defesa da nossa gente. Vida longa à Contag, vida longa aos trabalhadores do campo, que ela tão bem representa!”, observou o senador.
Entidade
A Contag completa 50 anos em 22 de dezembro e iniciou as comemorações na noite da quinta-feira (21), com uma grande festa.
A entidade possui 27 federações e mais de 4 mil sindicatos no País – 4 mil sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, filiados. Ela luta pelos direitos de milhões de homens e mulheres do campo e da floresta, que são agricultores familiares, acampados, assentados. Luta pela reforma agrária, pelos assalariados rurais, meeiros, comodatários, extrativistas, quilombolas, pescadores artesanais e ribeirinhos.