Paim critica reforma da previdência e cobra posicionamento da oposição

Paim critica reforma da previdência e cobra posicionamento da oposição

Paim: “[Oposicionistas] criaram o fator previdenciário e já queriam colocar a idade mínima para aposentadoria em 65 anos lá atrás”O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta segunda-feira (22), durante sessão de comemoração ao Dia Nacional do Aposentado que as centrais sindicais, federações e confederações de trabalhadores foram unânimes em rebater “essa história de aposentadoria apenas aos 65 anos”, limite de idade mínima para que um trabalhador possa se aposentar como foi aventado recentemente pelo governo.

“Esse é um tema muito delicado. Mexer nisso agora é querer complicar demais a vida de todos nós, inclusive do próprio governo”, alertou. “Por mais bem-intencionada que tenha sido a presidenta Dilma, a minuta que está sendo apresentada não corresponde à realidade”, emendou.

Paim disse que uma reforma foi realizada aproximadamente cinco meses atrás com a fixação de uma idade mínima que faria com que o regime geral se igualasse ao do servidor público. Com idade para aposentadoria de 55 anos para mulheres e 60 anos para homens.

“Não dá, para toda vez que tem crise no setor econômico, as forças mais conservadoras enxergam como alvo a previdência que é o grande fundo para que o trabalhador possa se aposentar decentemente”, destacou.

Paim também fez críticas à postura da oposição ao dizer que concordarão com a reforma da previdência, caso o PT e os partidos da base do governo também concordem com o texto enviado pelo Executivo.

“É claro que concordam. A posição dela [oposição] lá atrás já era essa. Criaram o fator previdenciário e já queriam colocar a idade mínima para aposentadoria em 65 anos, lá atrás. Assumam a sua posição. Digam se querem ou não a reforma. Digam que, se ganharem a eleição daqui três anos, vão instituir os 65 anos e tirar direitos dos trabalhadores e aposentados. Se pensam o contrário, que também digam. Tem que ter posição”, criticou.

O senador enfatizou que continuará fazendo um apelo para que a proposta de reforma nem saia do governo. Além disso, ressaltou que a palavra de ordem durante a audiência foi a rejeição do debate sobre o tema neste momento. “Não queremos discutir a reforma da previdência nesse momento. Eles [membros do fórum da previdência] sabem que se a discussão for aberta, serão retirados direitos”, apontou.

 

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