Ele reapresentou nesta quarta-feira (18), Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de sua autoria (que já havia sido apresentada em 2006) propondo que o candidato a cargo eletivo tenha duas alternativas: ou ser filiado a um parido político ou contar com o apoio de um número mínimo de eleitores para apresentar candidatura avulsa (sem vinculação partidária). “Isso me parece razoável, pois confere legitimidade à candidatura avulsa”.
Pela proposta, o número de eleitores necessários para assegurar uma candidatura avulsa seria definido posteriormente, em legislação infraconstitucional.
“Sendo proibidas as candidaturas avulsas, como ocorre hoje, o Brasil deixa de potencialmente contar com vários homens e mulheres capazes, de alto espírito público, que são afastados do mundo da política”, justificou o parlamentar gaúcho.
Ele observou que, mesmo sendo filiado ao mesmo partido há trinta anos, acha que é legítima a participação de candidatos desvinculados de estruturas partidárias, caso ele entenda que isso é importante para seus eleitores.
“Não é necessário estar numa atividade política para saber que existem boas pessoas, excelentes quadros, em nossa sociedade, que poderiam, naturalmente, ser candidatas a vereadores, a deputados, a senadores, até quem sabe a governadores de Estado e, por que não, como existe em inúmeros países, até a Presidente da República”, argumentou.
O senador acredita que essa possibilidade traria uma renovação no universo político brasileiro. “Todo o instrumento legislativo e social que nos ajude a promover essa renovação positiva deve ser olhado com carinho e respeito”, disse. Ele também acredita que sua proposta garantiria a participação de candidaturas mais populares. Dessa forma, segundo ele, poderiam ser lançadas candidaturas de representantes do movimento feminista, dos trabalhadores sem terra, entre outros.
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