Em pronunciamento nessa quarta-feira (17), o senador Paulo Paim (PT-RS) criticou a decisão do governo federal de acabar com a política de valorização do salário mínimo adotada em 2004 e estabelecida por lei desde 2007. Segundo o senador, o salário mínimo beneficia indiretamente 100 milhões de brasileiros, o que representa quase metade da população do país. O senador acrescentou que o salário mínimo valorizado é um importante distribuidor de renda, que precisa ser corrigido anualmente para garantir melhores condições de vida, principalmente à população mais vulnerável.
“Ele funciona como referencial para os valores pagos para uma série de trabalhadores. Por exemplo: em programas sociais, não gera inflação ao aumentar a renda das camadas mais pobres da sociedade; faz com que a roda gire e com isso gere aumento de produção, de consumo, criando um círculo virtuoso progressista; gera emprego e melhora inclusive as condições de vida de nossa gente. Ajuda também a reduzir as desigualdades sociais e a enorme concentração de renda que existe no nosso país”, afirmou.
Paim ressaltou que a pandemia de Covid-19 agravou ainda mais a situação econômica e social do Brasil. A crise sanitária, disse, aumentou o desemprego, cortou salários, suspendeu contratos de trabalho, e fechou de muitas empresas. Portanto, o senador defendeu que, ao fim do estado de calamidade pública, o Congresso Nacional retome o debate sobre a política de valorização do salário mínimo.