Paim: “Incluir e não discriminar é recepcionar o outro, abrir-se, ombrear com ele na construção de um novo modelo de sociedade”Um dia para comemorar a inclusão. Assim o senador Paulo Paim (PT-RS) define o 21 de setembro, data dedicada a lembrar o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A data foi instituída por iniciativa do senador, para lembrar que a natureza respeita e acolhe o diferente. “Se o homem respeitasse as diferenças como a natureza respeita, com certeza estaríamos com uma concepção de vida muito mais humanitária e melhor para todos, disse.
Este ano, será a primeira vez em que se comemora formalmente a sanção do Estatuto da Pessoa com Deficiência. “Estamos, assim, iniciando esta semana, que, com certeza, serve para aumentar o nível de consciência de todos os brasileiros sobre a questão da deficiência”, disse, chamando para a audiência pública marcada para a próxima-quarta-feira, na Comissão de Educação.
Em seguida, na quinta-feira (24), o plenário vai parar para entregar a Comenda Dorina Nowill a pessoas que se destacaram na luta pela inclusão da pessoa com deficiência.
Paim reforçou que, com o Estatuto, o desrespeito ao que estabelece a legislação é passível de punição e que alguns direitos dos deficientes ficam absolutamente claros e inquestionáveis. Entre eles, o auxílio inclusão, que garante um complemento para a pessoa com deficiência que não possui9r renda mínima superior a um quarto do salário mínimo vigente.
Ele citou outros pontos da nova legislação como a adoção do desenho universal para que as empresas que contribuem para a empregabilidade das pessoas com deficiência; dar prioridade na tramitação de processos na Justiça e na Administração direta das pessoas com deficiência; incluir os surdos na isenção de IPI para a compra de veículos e adaptação de veículos em autoescolas para o treinamento de pessoas com deficiência. E reforçou que o mais importante é que por mérito próprio, mais e mais pessoas conquistam cada vez mais espaço, melhorando, assim, as condições de vida.
Por outro lado, o parlamentar enfatizou que, apesar dos avanços na legislação, é preciso que a sociedade consolide o que foi determinado “se apropriando desses conceitos e incorporando esse novo olhar, esse novo tato, essa nova forma de integrar as pessoas com deficiência”.
Ele concluiu chamando todos a participar de iniciativas que façam com que o Estatuto chegue de fato ao mundo do trabalho, às escolas e à sociedade como um todo. “Incluir e não discriminar é recepcionar o outro, abrir-se, ombrear com ele na construção de um novo modelo de sociedade”.
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