Paim destaca criação do Observatório da População Negra

No Dia Internacional de Luta pela Eliminação do Racismo, comemorado nesta quarta-feira (21/03), o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu o estímulo à participação política da população negra como forma de reverter a pequena presença de representantes desse segmento nos cargos de poder.

Além disso, lembra o senador, é fundamental conhecer de fato a realidade da população negra para que se possa formular políticas públicas capazes de superar as desigualdades.

Paim destacou ainda o lançamento, nesta quarta-feira, do Observatório da População Negra, que vai reunir informações e pesquisas para criar o primeiro banco de dados nacional sobre a participação dessa comunidade no mercado de trabalho e na área acadêmica no Brasil.

O Observatório é uma iniciativa do Governo Federal, em parceria com a Faculdade Zumbi dos Palmares, de São Paulo. O banco de dados vai subsidiar relatórios periódicos sobre a situação da população negra, que devem servir de base para a fiscalização e o acompanhamento das políticas públicas voltadas ao segmento.

“Nossa meta é consolidar o relatório como uma referência no Brasil e no mundo sobre a evolução da população negra em diversos setores, como é hoje o relatório da Organização das Nações Unidas sobre Direitos Humanos, por exemplo”, explica o professor Hédio Silva Jr, diretor acadêmico da Faculdade Zumbi dos Palmares.

Os trabalhos do observatório serão desenvolvidos, inicialmente, por 15 pesquisadores voluntários, que utilizarão informações coletadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Dia Internacional de Luta pela Eliminação do Racismo
O 21 de Março foi escolhido como Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial em memória do Massacre de Shaperville, quando 69 sul-africanos foram assassinados pela polícia de Joanesburgo, em 1960. O crime é considerado o ponto de inflexão na derrota do regime racista do apartheid.

Nessa data, uma manifestação reuniu 20 mil pessoas em protesto contra a chamada Lei do Passe, que obrigava a todos os não-brancos do país a usarem uma caderneta na qual constava a cor, etnia e profissão de cada negro, sua situação na receita federal e restringia o acesso aos bairros brancos da cidade.

Apesar do caráter pacífico da manifestação, a polícia sul-africana a conteve com rajadas de metralhadora, deixando 180 pessoas feridas e 69 mortos. Em 1976, a Organização das Nações Unidas oficializou a data como memória tornando-a Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

Cyntia Campos com informações da Fundação Cultural Palmares

Veja a entrevista com o senador Paulo Paim

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