Paim: direito à manifestação é legítimo e condena violência

Ele pediu a todos os governos - municipal, estadual e federal -, que ouçam a “voz rouca das ruas”.

Paim: direito à manifestação é legítimo e condena violência

“Eles têm causas que advogam, que defendem;
e legitimamente fazem mobilizações”

O senador Paulo Paim (PT-DF) disse, nesta segunda-feira (17), que o fato de estar hoje “do outro lado” – ou seja, no Governo – não altera a sua convicção de que mobilizações são legítimas e qualquer violência, de qualquer dos lados, deve ser condenada.

“Até há pouco tempo, senadores como eu e outros vinham à tribuna, para reclamar da falta de mobilização da sociedade, de uma pressão política, que sempre é positiva, reivindicando-se questões básicas de interesse de todo o povo, de toda a nossa gente. No momento em que os estudantes começam a fazer algum tipo de manifestação, no momento em que se mobilizam, já se começa a criar o fantasma de que isso é contra alguém. Não é contra ninguém. Eles têm causas que advogam, que defendem; e legitimamente fazem mobilizações”, discursou.

Para o senador, é importante não tratar as passeatas e protestos como a ditadura fazia. “Tem-se de dialogar, tem-se de conversar, tem-se de ouvir qual é a razão das mobilizações”, argumentou.

Paim disse que é natural que a população se manifeste. “Não dá para criarem agora um fantasma, dizendo que é um sistema terrorista, que é subversão”, recomendou, lembrando de que a própria origem do PT é de organizar grandes mobilizações “mesmo depois da ditadura”.

Ele pediu a todos os governos – municipal, estadual e federal -, que ouçam a “voz rouca das ruas”.  Segundo Paim, é natural que os movimentos sociais e sindicais queiram avanços. “Compete aos dirigentes negociarem, dialogarem e atenderem o que é possível, dentro do limite da razoabilidade”, disse.

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