Sucessão de crimes violentos chamara |
O senador Paulo Paim (PT-RS) abordou, nesta segunda-feira (26), a ocorrência periódica de crimes violentos no País. Para o senador, a violência disseminada fez com que ele próprio se indagasse sobre a possibilidade de estarmos insensíveis ao processo de banalização da vida.
O petista utilizou como exemplo, dentre tantos outros casos, o do garoto Bernardo, do Rio Grande do Sul, que teria sido visto pela última vez às 18h do último dia 4 de abril. No domingo seguinte, o pai de Bernardo disse que foi até a casa do amigo onde seu filho teria dormido, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado.
São três os suspeitos da morte do menino Bernardo Boldrini: o próprio pai, Leandro Boldrini; a madrasta Graciele Ugulini; e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, que foram indiciados por homicídio qualificado no dia 13. A principal prova é o auto da necropsia, a análise toxicológica, que comprova a presença do medicamento Midazolam no corpo do menino. “Fico abismado com essa facilidade com que se realizam esses crimes”, disse o senador.
Paim também mencionou caso ocorrido no Distrito Federal, na região de Ceilândia, há poucos dias. Na oportunidade, houve o assassinato de uma criança e uma adolescente, que foram carbonizadas em sua própria casa. O assassino, um rapaz de 28 anos, artesão, sem antecedentes criminais, cometeu o crime por conta de uma dívida de R$ 60, não paga pelo irmão mais velho das vítimas.
O senador reconheceu não saber qual a solução para casos como esses. E também relatou, de forma triste, o espancamento da dona de casa Fabiane, no Guarujá, em São Paulo. motivados por um boato espalhado pelas redes sociais, vizinhos associaram a dona de casa ao retrato falado de uma suposta sequestradora de criança. “O que eu estou fazendo aqui é um lamento? Chorando? Sendo solidário? Só isso não resolve”, afirmou da tribuna.
Para o senador, nesses casos, a pior coisa a se fazer é ficar indiferente à situação que vem acontecendo repetidas vezes em todo o País. “Falamos nisso para, quem sabe, por meio da consciência coletiva, ajudar na indignação, ajudar no nível de consciência e apontar, quem sabe, como eu digo sempre, além do horizonte, um pouco de esperança para que diminua a violência”, salientou.
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