O pioneirismo na adoção da política de cotas é um dos exemplos da “posição progressista, avançada, corajosa” que caracteriza a Universidade de Brasília, cujos 50 anos foram lembrados em discurso do senador Paulo Paim (PT-RS), na Tribuna do Senado, na tarde desta segunda-feira (23/04). Ele destacou a Sessão Solene do Congresso, realizada pela manhã em homenagem à data e manifestou sua convicção de que o sistema de cotas será validado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que analisará sua constitucionalidade na próxima quarta-feira (25/04).
“O sonho de Darcy Ribeiro, um dos fundadores da nossa querida UnB, renova-se todos os dias pelas mãos dos mestres da UnB, com a voz dos jovens nos campi da UnB, fazendo da UnB um farol de ensino que ilumina a cultura, a democracia, a igualdade, a diversidade, a liberdade e o saber”, afirmou Paim.
A UnB foi a primeira universidade brasileira a adotar a política de cotas, em junho de 2004, após cinco anos de debate e como parte do Plano de Metas para Integração Social, Étnica e Racial. Para Paim, a decisão pioneira da UnB e o Estatuto da Igualdade Racial, originário de um projeto de sua autoria, “estão de acordo com as necessidades e anseios da nossa sociedade. Por isso que eu acredito muito que, nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal, que se tem posicionado inúmeras vezes, inclusive à frente do próprio Congresso Nacional, há de reconhecer a política de cotas”.