Paim ressalta os 50 anos de fundação da Contag

“A Contag é referência na luta pela construção de uma sociedade mais democrática e igualitária”

Paim ressalta os 50 anos de fundação da Contag

 

“Naquela época o País vivia um momento de
forte atuação política sindical. Existiam 475
sindicatos”

Os 50 anos de fundação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag) foram o tema do pronunciamento do senador Paulo Paim (PT-RS), nesta quinta-feira (25). “São 50 anos de luta e conquistas em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras rurais do nosso País”, afirmou sobre a organização que congrega 27 federações estaduais e mais de quatro mil sindicatos, representando 15,7 milhões de trabalhadores.

“São homens e mulheres do campo e da floresta: agricultores, familiares, – acampados e assentados na luta permanente da reforma agrária estão entre eles –, assalariados, meeiros, comodatários, extrativistas, quilombolas, pescadores, pescadores artesanais e ribeirinhos”, lembrou Paim.

A fundação da Contag é contemporânea à promulgação do Estatuto do Trabalhador Rural, no governo João Goulart. O Estatuto assegurou aos trabalhadores rurais os direitos sindicais e trabalhistas já garantidos, então, aos trabalhadores urbanos. “Naquela época o País vivia um momento de forte atuação política sindical. Existiam 475 sindicatos de trabalhadores e trabalhadores rurais no Brasil, dos quais 220 eram reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego”, recordou Paim.

A Contag, reconhecida em 31 de janeiro de 1964, antes do golpe militar, iniciou sua atuação “em um momento político importante, quando se discutiam as famosas e sempre lembradas reformas de base, inclusive a reforma agrária”, lembrou o senador em seu pronunciamento. Após a deposição de João Goulart, em 1° de abril de 64, a entidade enfrentou a repressão aos movimentos sindicais e populares reprimiu duramente todos os movimentos populares.

“A Contag sofreu intervenção. O primeiro presidente da entidade, Lindolfo Silva, foi preso e posteriormente exilado junto com outras lideranças. Infelizmente, muitos na época perderam a vida. Mas a Contag nunca dobrou espinha”, destacou Paim, lembrando a presença da entidade em momentos históricos como a luta pela redemocratização, pelas eleições diretas, a anistia e a Constituinte.

“Essa entidade sempre defendeu a reforma agrária ampla, de qualidade e participativa, ampliação e fortalecimento da agricultura familiar, erradicação e combate ao trabalho escravo, proteção a nossa juventude e investimento na educação no campo”, ressaltou o senador, que considera a Contag “referência no País na luta pela construção de uma sociedade mais justa, democrática, igualitária e na defesa permanente dos interesses dos trabalhadores, principalmente do campo, mas também da cidade”.

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