Paim afirmou que líderes sindicais saíram “esperançosos” de reunião com o governoA criação de três grupos intersetoriais de trabalho para estudar as propostas dos caminhoneiros foi comemorada pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Durante discurso ao plenário, o parlamentar classificou como positivo o entendimento entre o governo e os líderes da categoria nesta terça-feira (10), em reunião na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília.
O encontro foi um dos compromissos do acordo firmado no último dia 25 de fevereiro, quando representantes do setor apresentaram uma pauta de reivindicações para encerrar os bloqueios de caminhoneiros em diversas rodovias do País. A reunião foi conduzida pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, com a participação dos ministros dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, e do Trabalho, Manoel Dias, além do diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos, transportadores, embarcadores e parlamentares ligados ao setor.
“Os líderes sindicais – conforme o relato que recebi, logo após o término da reunião – saíram esperançosos de que é possível construir um grande entendimento e o Brasil [possa] voltar à normalidade a partir dos grupos de trabalho”, afirmou Paim.
Os grupos de trabalho formados durante o encontro de hoje entregarão relatórios preliminares para uma nova rodada de debates no próximo encontro entre governo e representantes do setor, marcado para o dia 26 de março.
O primeiro grupo ficará responsável pela Tabela Referencial de Frete, o segundo trabalhará na Regulamentação da Nova Lei dos Caminhoneiros e, o terceiro, discutirá assuntos relacionados à ANTT, como isenção de tarifas do cartão frete, Pagamento Eletrônico de Frete (PEF) e pontos de parada.
Entre as reivindicações dos caminhoneiros, está o estabelecimento de uma tabela de fretes mínimos e mais facilidade para o financiamento de caminhões. Eles também querem, entre outros, a redução do valor do diesel, mais segurança nas estradas e o perdão de multas aplicadas durante as manifestações.
“Eu tenho certeza que os líderes dos caminhoneiros, como me foi dito ontem, não querem parar novamente. Querem a solução dos problemas”, explicou o parlamentar, se referindo à audiência pública realizada na segunda-feira (9), na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, que debateu a situação da categoria.
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