O senador gaúcho Paulo Paim (PT) está confiante na vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial de outubro, apontando que só o líder político mais popular da história do país tem condições de liderar um projeto de reconstrução nacional. “Foi nos nossos governos, do PT, com Lula e Dilma, que o Rio Grande do Sul teve grandes momentos de crescimento”, lembra. “A nossa missão é reconstruir o Brasil e o Rio Grande, naturalmente, com Lula, Alckmin e o Edegar Pretto aqui”.
Paim estará ao lado de Lula, Alckmin, da ex-presidenta Dilma Rousseff e dos ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, quando o ex-presidente desembarcar nesta quarta-feira no Rio Grande do Sul, acompanhado do ex-governador Geraldo Alckmin para conversar com representantes da sociedade gaúcha. “Começamos a colocar a grande frente ampla em favor do Brasil”, comenta o senador, um dos mais incansáveis defensores dos trabalhadores e das pautas populares no Senado Federal.
Ele está confiante que o movimento “Vamos juntos pelo Brasil”, liderado pelo ex-presidente e o ex-tucano vão empolgar a população e resgatar a esperança de dias melhores para o país. “Lula e Alckmin agora são fundamentais para nossa gente voltar a ser feliz, sorrir novamente, né?”, comenta. “Todo mundo quer melhorar sua qualidade de vida. Só isso vai fazer o nosso país voltar a ser grande e que o Rio Grande volte a ser sujeito dentro do cenário nacional”. A seguir, trechos da entrevista concedida.
Como o senhor vê a visita de Lula ao Sul?
A expectativa da vinda do presidente Lula ao Rio Grande do Sul é das melhores. Ele terá encontro com representantes dos setores da saúde, educação, líderes sociais e da agricultura familiar. Além disso, Lula estará com empresários e setores do agronegócio. Como se não bastasse isso, o presidente terá encontro com dirigentes de sete partidos políticos, que trabalham na ideia de uma grande frente ampla pelo Brasil.
Eu estarei lá, abraçando o companheiro Lula, ao lado de Dilma, Tarso Genro, Olívio Dutra e o nosso pré-candidato ao governo do estado, Edegar Pretto, que já foi presidente da Assembleia Legislativa e é deputado estadual. É uma liderança em ascensão que está muito bem nas pesquisas.
Lula vai tratar de temas importantes para o campo e para a cidade. Isso é, desenvolvimento sustentável, emprego e renda, a dívida do estado, e a questão do racismo. Também está na pauta a unidade das forças populares, progressistas e humanistas. Queremos unir todos aqueles que são efetivamente a favor da democracia e tem uma visão das políticas sociais e humanistas.
Lula estará com 10 mil pessoas no Rio Grande do Sul, num evento que contará ainda com a presença dos ex-governadores Geraldo Alckmin e Roberto Requião, que é pré-candidato ao governo do Paraná, e também o Edegar Pretto.
Num estado dividido como o Rio Grande do Sul, como o desmonte das políticas públicas pelo governo Bolsonaro comprometeu a economia e a vida da população?
O Rio Grande do Sul está como a maioria dos estados. Não houve de parte do governo federal nem comparação com as políticas adotadas como nas épocas dos governos Lula e Dilma. Houve uma desconstrução do Brasil. A questão do desemprego nos preocupa muito. Os jovens estão sem horizonte. No Brasil, são mais de 100 milhões de brasileiros disputando um auxílio de emergência. E muitos estão na linha da fome e da miséria. Os pobres e os mais vulneráveis são os que mais sofrem. E não há sequer segurança para a população. O gaúcho quer voltar a ser feliz, né?
A seca aqui foi altamente prejudicial aos agricultores, repercutindo no preço final dos alimentos também na cidade. Veja, eles perderam quase 80% da safra. A ajuda do governo foi muito pequena. Deixou muito a desejar.
Há que se dizer também que foi nos nossos governos, do PT, com Lula e Dilma, que o Rio Grande do Sul teve grandes momentos de crescimento. O pólo naval foi um grandioso investimento e que está hoje praticamente sucateado. Na época do Lula e da Dilma, nunca o Rio Grande do Sul viu tantas universidades, tantas escolas técnicas, PRONAF, geração de emprego, pontes gigantescas… Como as do Rio Guaíba, muito importantes para o desenvolvimento do nosso estado. A nossa missão é reconstruir o Brasil e o Rio Grande, naturalmente, com Lula, Alckmin e o Edegar aqui.
Os legados de Lula e Dilma no Sul estão comprometidos pelo governo Bolsonaro?
O legado dos dois é muito grande, mas houve o desmonte por parte deste governo que está aí, que eu não gosto nem de citar o nome. Ele tornou o nosso país numa grande esculhambação em todos os sentidos. Os avanços dos nossos governos foram ignorados, desprezados, desmontados, quando deveriam ter continuidade. Foi um erro gravíssimo. A população foi prejudicada e muito com o desgoverno que nos encontramos. Mas temos esperança de que isso tudo vai mudar a partir de janeiro de 2023, com a eleição do presidente Lula.
Com Lula e Dilma, houve crescimento em todas as áreas, na infraestrutura, na saúde, na educação, no incentivo às micro e pequenas empresas. E ainda nas áreas de esporte, cultura, na geração de empregos… O próprio Mercosul ganhou outra dimensão naquele período. Agora, praticamente não existe mais.
Quando os nossos governos apostaram na valorização do salário mínimo, caminhei junto, participei, viajei por todos os estados, sabíamos que isso resultaria em distribuição de renda, geração de emprego, os comércio locais se desenvolveram. Todos foram beneficiados. Gerou-se emprego e também renda. Empresários e trabalhadores foram beneficiados. Saímos de US$ 80 de salário-mínimo e chegamos a US$ 350, nos governos Lula e Dilma. Um fato inédito. Hoje, não passa de US$ 200. Por isso, Lula e Alckmin agora são fundamentais para nossa gente voltar a ser feliz, sorrir novamente, né? Todo mundo quer melhorar sua qualidade de vida. Só isso vai fazer o nosso país voltar a ser grande e que o Rio Grande volte a ser sujeito dentro do cenário nacional.
E quero aproveitar para lembrar a importância de elegermos agora em outubro senadores e senadoras, deputados e deputadas, na Câmara e na Assembleia, para termos uma grande bancada para dar sustentação aos nossos governos federal e estadual. Nossos compromissos são com as grandes causas e elas nunca morrem: democracia, soberania, justiça social e políticas humanitárias. Temos experiência em governar o país e o nosso próprio estado, com Tarso e com Olívio. Agora está na mão de cada um de nós essa mudança pelo Brasil, pelo Rio Grande e por todo o povo brasileiro. É Lula, lá, e Edegar Preto, aqui.