Paulo Paim lamenta ataque de ódio a senegalês no Rio Grande do Sul

Paulo Paim lamenta ataque de ódio a senegalês no Rio Grande do Sul

Paim: “A estupidez é um grande mal da humanidade”O senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), lamentou, nesta segunda-feira (14), em plenário, o ataque ocorrido no último final de semana ao senegalês Cheikh Oumar Foutyou Diba, de 25 anos, que teve o corpo queimado por um grupo de homens, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

De acordo com o senador, o imigrante teve queimaduras leves nas duas pernas e não corre risco de morte.

No momento do ataque, o senegalês dormia num colchão na calçada quando acordou com o fogo, por volta das 9h. Além de atearem fogo no jovem, os agressores roubaram os tênis, dinheiro e uma maleta com bijuterias que o imigrante vendia no centro da cidade. O rapaz buscava um emprego no Brasil para poder enviar dinheiro à sua família que permanece no Senegal.

“A estupidez é um grande mal da humanidade. Pela estupidez, guerras são iniciadas, genocídios acontecem, muros são levantados, crianças morrem de fome”, disse Paim.

Segundo Paim, o senegalês foi impedido de dormir num albergue da cidade, de acordo com informações da coordenação do local, por ter ingerido bebida alcoólica. Porém, de acordo com o senador, o rapaz é muçulmano.

“O imigrante senegalês contou a voluntários do grupo de direitos humanos e mobilidade urbana internacional da Universidade Federal de Santa Maria, que ele é muçulmano. Se é muçulmano, não consome bebida alcoólica. Então, mentiram”, apontou o senador.

O grupo da universidade prestou socorro ao senegalês e informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se recusou a atendê-lo, por não ser morador de Santa Maria.

A Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros fizeram o atendimento de primeiros socorros e o jovem se recupera do ataque. Segundo Paim, apesar de se recuperar fisicamente, ele está “muito abalado”.

“É fundamental, urgente que o poder público e a Polícia Federal tomem providências para encontrar e prender os criminosos”, disse. “Precisamos, nesse País, de ser mais solidários, ter mais fraternidade, amor, respeito entre as pessoas e respeitar as diferenças”, emendou.

Leia mais:

Xenofobia e falta de boa vontade explicam barreiras a refugiados, diz Paim

 

 

To top