Às vésperas da realização da Rio + 20, que vai reunir chefes de Estado de 193 países para debater o desenvolvimento sustentável do planeta, o senador Paulo Paim (PT-RS) falou da importância da “Carta da Terra” para nortear essas discussões. “A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica, no século
As discussões da Conferência Rio + 20 têm três objetivos gerais: renovação do compromisso político dos países com o desenvolvimento sustentável; avaliação do progresso na área de meio ambiente; e a identificação de gargalos e novos desafios à implementação das ações previstas nas conferências anteriores. “É uma conferência histórica, dedicada ao desenvolvimento sustentável e ao combate à pobreza. Afinal, em 2030 nós teremos um bilhão a mais de pessoas e precisamos pensar no que queremos, naquilo que precisa estar pronto até lá”, afirmou Paim.
Carta da Terra
A ideia de criação da Carta da Terra surgiu em 1993, durante a Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92. Para isso foi criada uma comissão, composta por representantes de 46 países, enquanto 23 personalidades, de vários continentes, acompanhavam a consulta mundial e a elaboração o texto. Em 2000, o texto final foi aprovado pela Organização das Nações Unidas. Mais de 100 mil pessoas participaram da elaboração do documento. Pessoas dos mais variados setores, como representantes de moradores de favelas, de Centrais Sindicais, ONG, educadores, comunidades indígenas, ambientalistas etc. “Assim, foi criado um movimento mundial para formular uma Carta da Terra que nascesse de baixo para cima. Uma carta que deveria recolher o desejo da humanidade para sua casa comum, a Terra”, contou Paulo Paim.
De acordo com o senador, o documento reconhece que os objetivos de proteção ecológica, erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico equitativo, respeito aos direitos humanos, democracia e paz são interdependentes e indivisíveis. “Ela busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada, voltado para o bem estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação”, afirmou o senador, traçando um paralelo do texto da Carta com os objetivos da Conferência Rio + 20.
No Plenário do Senado, Paim falou também da importância do Brasil no debate o sobre meio ambiente, considerando toda riqueza natural que o País abriga, e ratificada pelo coordenador executivo das Nações Unidas para a Rio + 20, Brice Lalonde, quando afirmou “que esse evento é uma oportunidade de o Brasil apontar caminhos e mostrar sua liderança natural”.
Assessoria do senador Paulo Paim