Regulamentação mais rigorosa e fiscalização efetiva dos eventos com grande número de pessoas é o que defendem os senadores gaúchos que estiveram em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (28/01). Paulo Paim (PT), Ana Amélia (PP) e Pedro Simon (PMDB) visitaram o ginásio de esportes onde as famílias das vítimas se reuniram para velar os jovens mortos em um incêndio no último domingo. Paim disse, em entrevista à imprensa, que vai pedir uma audiência pública no Senado para discutir o tema.
Os três senadores gaúchos desembarcaram juntos em Santa Maria na manhã dessa segunda-feira. Emocionado, Paim disse que o momento era “de muito choro, muita tristeza e de solidariedade total”. Ainda no domingo, os parlamentares do Rio Grande do Sul divulgaram uma nota de pesar conjunta.
No documento, além de expressar solidariedade e condolências às famílias dos jovens que morreram, os senadores já antecipavam que atuariam “no campo legislativo para evitar casos semelhantes”. Também deixaram claro que acompanhariam de perto as investigações sobre a tragédia.
Na Câmara, uma comissão deve ser instalada para buscar mudanças na legislação de controle de casas noturnas em todo o País. A informação é do deputado Paulo Pimenta (PT- RS). “Há hoje uma total carência de exigências mínimas para o regramento de boates e casas noturnas de todo o País. A Constituição acabou por deixar lacunas neste tema e temos, agora, de fazer uma ampla reforma na legislação existente para que este tipo de tragédia não se repita mais”, declarou.
Como ocorreu
O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.
Sem conseguir sair do estabelecimento, mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. Sobreviventes dizem que seguranças pediram comanda para liberar a saída, e portas teriam sido bloqueadas por alguns minutos por funcionários.
A tragédia, que teve repercussão internacional, é considera a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos últimos 50 anos no Brasil.
Com informações da Agência Senado e dos portais RBS e Terra
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